Internet: assassina de emoções
Hoje resolvi falar de um assunto do qual me questionei até bem pouco tempo atrás. Internet. Até onde ela influencia na vida das pessoas e inclusive na minha? Tenho uma opinião diferente da maioria das pessoas a respeito da Internet. Não posso dizer que sou contra, afinal, ela, como meio de divulgação de notícias é excelente. Falo isso como futura jornalista, que logicamente irá querer que as informações atinjam o maior número de pessoas possíveis. Minha opinião é diferente quando falo como pessoa. Enquanto muitos exaltam o msn, o Orkut, o Facebook, o Twitter e uma série de outras redes sociais que facilitam a comunicação, eu sou uma das pessoas que mesmo possuindo várias dessas redes, considero-as um crime com os sentimentos. Não sei se conseguirei ser clara. Acho os portais de notícias, até certo ponto ótimos, mas por outro lado, devido à rapidez com que tentam passar informações, acabam não sendo tão exatos como deveriam. O mundo da Internet, possui seus prós e contras, poderia falar na facilidade com que é possível pagar contas, poderia falar dos excelentes serviços que ela proporciona às pessoas, na facilidade de comunicação (esse é o ponto principal desse post)… E poderia falar também na invasão de privacidade que é em certos casos, na dependência que ela causa, nas dificuldades de interagir pessoalmente com outros seres, enfim, poderia falar de uma série de coisas a respeito da Internet, mas o motivo maior que me interessou escrever aqui, é a superficialidade que ela traz para a comunicação de pessoas. Como já citei antes, as redes sociais são assassinas de sentimentos espontâneos e verdadeiros. Nada me parece ser tão verdadeiro visto pelos olhos do computador e da internet. No Orkut, por exemplo, meras conhecidas são amigas verdadeiras e eternas. Te amo é frase comum e dirigida à qualquer um. Os virtuais passam a ser mais amigos do que os amigos reais. Qualquer um é bonito e maravilhoso. Isso me corrói. E nesse momento me sinto a contradição em pessoa, pois eu mesma possuo um Orkut, possuo um msn, possuo Facebook, possuo Twitter. Apenas não me contradigo em relação ao que sinto por meus “conhecidos virtuais”(sim, conhecidos virtuais, porque amigos só os reais mesmo). Não amo nenhum deles.. Viveria sim sem eles. A internet é um vício. Ela tem, como eu já disse, o seu lado bom, um deles é o fato de eu estar publicando essa minha opinião nesse momento. Mas ela acaba com os abraços, com os apertos de mão, com as emoções verdadeiras… Eu já cresci nessa época de e-mail, mas posso me orgulhar em dizer que já tive o prazer de abrir uma carta e sorrir por pensar que alguém se deu ao trabalho de pegar um lápis e uma caneta e escrever para mim. Mas e os meus filhos? Será que conseguirão isso? A internet tirou o lugar daquela grande saudade, e daquela grande euforia em contar para a melhor amiga depois de um tempo sem se ver, todas as novidades. Atualmente elas são contadas por msn e perdem o grande barato que é ver alguém se interessando no que é dito e olhando para os olhos. E os olhos? Esses quase nunca se olham. Acho que poucos se questionam disso, mas eu frequentemente, enquanto teclo no msn penso como está vestida a pessoa do outro lado, que expressões faciais ela tem. Mas que nada, já estou viciada nisso, já não vivo sem. Apenas não abro mão de olhar pessoalmente sorrisos sinceros, e de pegar caneta e papel para escrever para alguém. Talvez eu tenha nascido na época errada.