Num calorento dia do mes de julho,nos Estados Unidos e ali estavámos nós hospedadas no Grand Hyatt de Miami,vindas de Orlando depois de uns 15 dias a passeio pela Disney.
O hotel situado na parte da cidade mais visitada por turistas e cheio deles,inclusive muitos brasileiros,que ali chegavam e saíam todos os dias.Minha filha e eu ficamos no décimo sétimo andar,não gosto muito de andares altos,mas não havia vaga em outro e afinal que mal haveria,não iria acontecer nada demais,minha mente tentava ser positiva,não gosto de andares altos e muito menos de apartamentos ou vice versa.
Na primeira noite dormimos como pedras,cansadas da viagem e perambulações pelos arredores,fomos conhecer algumas praias e receber instruções sobre como sobreviver a um furacão,os famosos Hurricane que naquela época poderiam acontecer.Aquilo não assustou-me,há muitos abrigos e mesmo no hotel havia todo um conjunto de medidas para que se acontecesse haveria meios de fuga e proteção.
No segundo dia passeamos muito mesmo,quase até à exaustão.Fomos fazer muitas comprinhas básicas,desses importados que atraem a atenção de todos,desde tenis de marca até eletronicos etc...Quando estávamos regressando ao hotel,ainda no carro,eu olhei para o prédio do hotel e pensei,falando baixinho :muito alto para meu gosto!!Se pegar fogo a coisa ficará feia!
Chegamos,descemos e fomos diretas ao quarto para tomar banho e descer para o jantar,mas minha filha adolescente estava bravinha porque eu não a deixei comprar todas as bugigangas que pedia.Ela entrou para o banheiro e ficou lá resmungando ,liguei a Tv esperando que resolvesse sair.Foi quando soou um alarme em algum lugar,que a princípio achei ser som da Tv,mas ao prestar atenção vi que era em nosso andar.Corri para a porta e aquilo soava sem parar,não havia viv'alma ali.Apavorada eu chamava a menina que nem ligava para mim,não abria a porta.Comecei a gritar desesperada,peguei a bolsa e documentos que estavam no cofre e continuei a socar com força a porta e minha filha saiu toda curiosa,achando nem sei o que.Peguei-a pela mão e fomos correndo,largando tudo o mais para trás.O corredor largo e enorme parecia um monstro para mim,pronto a abocanhar-me.Chegamos aos elevadores que eram quatro,todos estavam com as portas abertas e fora de uso,pois o alarme os desligou também.Procurei a escada de emergencia, fomos descendo,nunca rezei tanto na vida dizendo:porque eu tinha que pensar em incendio??
Cada andar vencido era um respirar de alívio,mas o medo de encontrar alguma daquelas portas fechadas não saía de meu pensamento.Descemos pela escada interna até o sétimo andar e daí a mesma levava para fora do edifício.Quando vi a rua foi como nascer de novo,acabamos de chegar ao hall por fora e outras pessoas já estavam fazendo aquilo também,evacuaram todo o hotel.
Onde seria o incendio?Seria terrível naquele prédio enorme com tantos andares,torres etc...e os seguranças americanos com cara de maus ou bravos olhando a todos e de prontidão,sem dar explicações.
Essa foi uma das aventuras(tive outra muito boa no dia seguinte,pois fui depois tocar piano ali no restaurante do hotel,na sala Rosa (Rose Room)o que será outra cronica).Eles amam samba mesmo no piano popular,sem bateria.
Mas adivinhem quem "tacou" literalmente, fogo no Hotel?Alguns adolescentes brasileiros que acenderam "apenas" cigarros e os encostavam no detetor de fumaça,que por sua vez acionou todos os alarmes de lá.Havia dezenas e dezenas de hóspedes,de vários países,alguns até de roupas íntimas mal colocadas, embrulhados em toalhas,todos a falarem em suas línguas,certamente criticando a atitude dos garotos.
Confesso que os seguranças olhavam a todos os brasileiros com desconfiança total e os meninos sapecas levaram uma boa chamada pela brincadeira.Eu que já estive num incendio de verdade,numa viagem para a praia há anos,já sou gato escaldado mas muito assustado!
Miami never with Brazilian boys on holiday.
Sorry,sorry...
02/02/10 **Marilda lavienrose**
O hotel situado na parte da cidade mais visitada por turistas e cheio deles,inclusive muitos brasileiros,que ali chegavam e saíam todos os dias.Minha filha e eu ficamos no décimo sétimo andar,não gosto muito de andares altos,mas não havia vaga em outro e afinal que mal haveria,não iria acontecer nada demais,minha mente tentava ser positiva,não gosto de andares altos e muito menos de apartamentos ou vice versa.
Na primeira noite dormimos como pedras,cansadas da viagem e perambulações pelos arredores,fomos conhecer algumas praias e receber instruções sobre como sobreviver a um furacão,os famosos Hurricane que naquela época poderiam acontecer.Aquilo não assustou-me,há muitos abrigos e mesmo no hotel havia todo um conjunto de medidas para que se acontecesse haveria meios de fuga e proteção.
No segundo dia passeamos muito mesmo,quase até à exaustão.Fomos fazer muitas comprinhas básicas,desses importados que atraem a atenção de todos,desde tenis de marca até eletronicos etc...Quando estávamos regressando ao hotel,ainda no carro,eu olhei para o prédio do hotel e pensei,falando baixinho :muito alto para meu gosto!!Se pegar fogo a coisa ficará feia!
Chegamos,descemos e fomos diretas ao quarto para tomar banho e descer para o jantar,mas minha filha adolescente estava bravinha porque eu não a deixei comprar todas as bugigangas que pedia.Ela entrou para o banheiro e ficou lá resmungando ,liguei a Tv esperando que resolvesse sair.Foi quando soou um alarme em algum lugar,que a princípio achei ser som da Tv,mas ao prestar atenção vi que era em nosso andar.Corri para a porta e aquilo soava sem parar,não havia viv'alma ali.Apavorada eu chamava a menina que nem ligava para mim,não abria a porta.Comecei a gritar desesperada,peguei a bolsa e documentos que estavam no cofre e continuei a socar com força a porta e minha filha saiu toda curiosa,achando nem sei o que.Peguei-a pela mão e fomos correndo,largando tudo o mais para trás.O corredor largo e enorme parecia um monstro para mim,pronto a abocanhar-me.Chegamos aos elevadores que eram quatro,todos estavam com as portas abertas e fora de uso,pois o alarme os desligou também.Procurei a escada de emergencia, fomos descendo,nunca rezei tanto na vida dizendo:porque eu tinha que pensar em incendio??
Cada andar vencido era um respirar de alívio,mas o medo de encontrar alguma daquelas portas fechadas não saía de meu pensamento.Descemos pela escada interna até o sétimo andar e daí a mesma levava para fora do edifício.Quando vi a rua foi como nascer de novo,acabamos de chegar ao hall por fora e outras pessoas já estavam fazendo aquilo também,evacuaram todo o hotel.
Onde seria o incendio?Seria terrível naquele prédio enorme com tantos andares,torres etc...e os seguranças americanos com cara de maus ou bravos olhando a todos e de prontidão,sem dar explicações.
Essa foi uma das aventuras(tive outra muito boa no dia seguinte,pois fui depois tocar piano ali no restaurante do hotel,na sala Rosa (Rose Room)o que será outra cronica).Eles amam samba mesmo no piano popular,sem bateria.
Mas adivinhem quem "tacou" literalmente, fogo no Hotel?Alguns adolescentes brasileiros que acenderam "apenas" cigarros e os encostavam no detetor de fumaça,que por sua vez acionou todos os alarmes de lá.Havia dezenas e dezenas de hóspedes,de vários países,alguns até de roupas íntimas mal colocadas, embrulhados em toalhas,todos a falarem em suas línguas,certamente criticando a atitude dos garotos.
Confesso que os seguranças olhavam a todos os brasileiros com desconfiança total e os meninos sapecas levaram uma boa chamada pela brincadeira.Eu que já estive num incendio de verdade,numa viagem para a praia há anos,já sou gato escaldado mas muito assustado!
Miami never with Brazilian boys on holiday.
Sorry,sorry...
02/02/10 **Marilda lavienrose**