"ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE" Crônica de: Flávio Cavalcante

ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

Crônica de:

Flávio Cavalcante

Os anjos falam amém com estas promessas num cerimonial de união e paz entre casais. São momentos que segundo os religiosos, são abençoados por Deus. É de fato uma forma boa de rever estes conceitos estipulados pela madre senhora igreja.

Sabendo-se que Deus, sendo onipotente, senhor de tudo e o todo poderoso, um matrimônio com a sua benção seria impossível haver nessa relação conjugal algum tipo de discórdia, o que cai por terra todos estes ensinamentos de um pensamento retrógrado de uma igreja que visa todo um lado comercial em benefício próprio, esquecendo de pregar o óbvio, que o casamento abençoado pelo criador é aquele que se vive em total harmonia; não aquele que o casal jura de joelhos dobrados diante de um altar e defronte a um clérigo que carrega toda uma carga de defeitos na normalidade de um ser humano, se achando no direito de abençoar o dito casal em nome do santo nome.

Eu, particularmente, abomino qualquer tipo de regra, que venha por obrigação numa relação. Acho que tudo tem que ser conforme o momento. Do jeito que a tempestade vem, ela vai embora. O amor jurado aos pés de um altar pode se acabar num relampejar e por causa dessa jura, dizendo “ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE” Temos que viver na eternidade de sofrimentos? E onde está Deus sendo benevolente e ter abençoado este matrimônio?

O ser humano tem que ser feliz. Se casado, tem que se sentir bem com o seu conjugue se casado na igreja ou não. Não existe mal quando dois se amam realmente e estão vivendo em harmonia.

Em pesquisa, descobri casais de camas separadas; mas que vivem até hoje juntos para dar satisfação a uma sociedade que foi testemunha do sim de ambas as partes, segundo o clérigo diante de Deus. E dentro de casa todos os dias, esse casal vive um inferno de amarguras por não admitir certos novos hábitos e comportamentos que outrora não conhecia na pessoa que considera Ex.

O ser humano é um bicho de difícil entendimento e convivência. Principalmente o sexo masculino, pelo machismo entranhado na alma desde o princípio de sua existência. O autoritarismo e a mania de possessão chega muitas vezes a ser doentio. Em alguns casos, ambas ases partes se acham no direito de atrapalhar a vida um do outro sempre; mas é o egoísmo falando mais alto. É o sentimento da perda. Nenhum dos dois admite outro ou outra na relação, mesmo que tenha havido um rompimento.

É raro encontrar casais que aceitam a nova relação do seu ex com naturalidade. Isto parte de pessoas maduras que tem consciência e experiência de vida.

Existem casais também, que realmente só a morte o separam e vivem ainda em amor intenso mesmo depois de velhinhos desde quando se conheceram pela primeira vez. Outros se separam e vão em busca de novas aventuras. Como também, ainda, existem relacionamentos conturbados, onde o homem vive com uma mulher a vida inteira e quando chega já avançado em idade, dá um reverteres em sua cachola de querer trocar a senhora sua mulher por uma mais nova, independente de ser casado na igreja ou não.

A cabeça do ser humano é algo inexplicável pela ciência. Ninguém consegue entender as reações do cérebro humano; arte muito perfeita de formula muito bem calculada e inexplicável para qualquer uma concepção carnal.

- FIM -

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 02/02/2010
Código do texto: T2065640
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