SERÁ QUE ELA VAI ME ENTENDER?
E mais uma vez me encontro diante do mar, enquanto ele brinca de ir e vir eu brinco de procurar características psicológicas para me qualificar, e me encho de adjetivações: desordenada, desencantada, imaginosa, sonhadora, sentimental, saudosista, liberal. Enfim, sou romântica, naturalmente, sem a dimensão epistemológica própria da filosofia, mas meramente psicológica e artística.
A arte em qualquer dimensão me fascina, encanta. Schelling nos ensina que na arte a inteligência se torna totalmente consciente pela primeira vez; já na filosofia, a inteligência é abstrata e limitada em suas tentativas de exprimir uma potencialidade infinita. O que não ocorre com a arte quando a inteligência realiza toda a sua potencialidade porque está livre da abstração.
Faz-nos crer ainda, Schelling, que a arte é a verdadeira filosofia na medida em que, nela, se reconcilia a natureza e a história, cabendo a inteligência teórica contemplar o mundo, a inteligência prática ordenar o mundo e a inteligência estética criar o mundo.
Enquanto isso, aqui perto de mim, brinca de se enterrar na areia uma "maria farinha", acho que vou pedir pra ela cavar mais um pouquinho, deitarei com ela e conversaremos sobre a filosofia da natureza, sobre o idealismo transcendental em busca do sistema de identidade. Será que ela vai me entender?
E mais uma vez me encontro diante do mar, enquanto ele brinca de ir e vir eu brinco de procurar características psicológicas para me qualificar, e me encho de adjetivações: desordenada, desencantada, imaginosa, sonhadora, sentimental, saudosista, liberal. Enfim, sou romântica, naturalmente, sem a dimensão epistemológica própria da filosofia, mas meramente psicológica e artística.
A arte em qualquer dimensão me fascina, encanta. Schelling nos ensina que na arte a inteligência se torna totalmente consciente pela primeira vez; já na filosofia, a inteligência é abstrata e limitada em suas tentativas de exprimir uma potencialidade infinita. O que não ocorre com a arte quando a inteligência realiza toda a sua potencialidade porque está livre da abstração.
Faz-nos crer ainda, Schelling, que a arte é a verdadeira filosofia na medida em que, nela, se reconcilia a natureza e a história, cabendo a inteligência teórica contemplar o mundo, a inteligência prática ordenar o mundo e a inteligência estética criar o mundo.
Enquanto isso, aqui perto de mim, brinca de se enterrar na areia uma "maria farinha", acho que vou pedir pra ela cavar mais um pouquinho, deitarei com ela e conversaremos sobre a filosofia da natureza, sobre o idealismo transcendental em busca do sistema de identidade. Será que ela vai me entender?