O Sermão da Montanha
Roberto Mateus Pereira
31/jan/2010


1. Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele.
2. Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo:
3. Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!
4. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
5. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a ter-ra!
6. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!
7. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcança-rão misericórdia!
8. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!
9. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
10. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!
11. Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.
12. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa re-compensa nos céus, pois assim perseguiram os profe-tas que vieram antes de vós.

Tenho a absoluta certeza de este dia está sendo uma experiência indescritível em minha vida.
Por me amar, Jesus me escolheu para comentar o Sermão da Montanha e eu me curvo diante desta honra e agradeço pelos momentos que estarei partilhando este evangelho.
Como é lindo o Sermão da Montanha e como são sábias e profun-das as palavras de Jesus.
Sem sombra de dúvida este Sermão é o texto mais importante do Novo Testamento, pois nele estão expressos os principais conceitos do cristianismo e contém a síntese da mensagem de Jesus Cristo.
Há em um texto de Gandi a afirmação de que: “se toda a literatura do mundo se perdesse e restasse apenas o Sermão da Montanha, nada se teria perdido”.
Nosso Senhor Jesus Cristo fez o seu primeiro grande sermão, no alto de um monte, e o iniciou as bem aventuranças.
E é no Evangelho de São Mateus que aparece a mais longa narração desse famoso sermão de Jesus, anunciando a Nova Lei:
Se pararmos para refletir veremos que os grandes fatos do Antigo Testamento aconteceram no alto de montes.
Como a arca de Noé que parou no alto do monte Ararat.
Como Abraão que subiu a um dos três montes de Moriá, para sacrificar seu filho Isaac.
Como Deus Pai que sacrificou seu filho Jesus no alto do monte Calvário.
E o Profeta Elias viu a promessa de Deus de que faria chover o justo sobre a terra no alto do monte Carmelo, e, mais tarde viu o próprio Deus no monte Horeb.
Também no Antigo Testamento Deus ordenou a Moisés que subisse ao monte Sinai, para receber as duas pedras contento os 10 Mandamentos.
Assim como Moisés que subiu ao Sinai para dar ao povo a lei antiga, Cristo também subiu a um monte para fazer o seu grande Sermão das Bem Aventuranças, dando a nova lei do Novo Testa-mento.
Se no monte Sinai Deus se manifestou com raios e trovões, na-quela montanha Cristo deu a sua lei com suavidade e amor, pois "Ele era cheio de graça e de verdade".
Por que essa preferência de Deus de querer manifestar-se, normalmente, sobre uma montanha?
A montanha é feita de terra. E terra é o homem. A montanha é o que, na terra, mais se aproxima do céu. A Montanha simboliza, pois, algo humano que se acerca do divino.
A Montanha simboliza os grandes santos, e simboliza também a Igreja, sociedade divina e humana, pois que nela, se associam Cristo Deus e os homens.
Portanto a Igreja é o Monte Santo de Deus.
Veja bem: Igreja é o Monte Santo de Deus.
O que significa Bem Aventurado? Significa ser feliz, abençoado e as Bem-aventuranças, nada mais são que a síntese dos passos da iniciação cristã, o processo de evolução do espírito em sua jornada terrena. Nelas estão descritos, de um modo impressionante e com uma clareza cristalina, os passos que o homem deve seguir para chegar ao Reino dos Céus.
As Bem-aventuranças [2] são o anúncio da verdadeira felicidade, porque proclamam a verdadeira e plena libertação. Elas anunciam a vinda do Reino de Deus através da palavra e ação de Jesus, que tornam a justiça divina presente no mundo.
As Bem-aventuranças são práticas a serem assumidas por aqueles que buscam a vida.
A pobreza é a expressão concreta da auto-entrega confiante a Deus.
Os que choram são os que se sentem unidos com os humilhados e explorados.
Os mansos têm um coração acolhedor e compreensivo.
Os que têm fome e sede de justiça lutam pela construção de uma sociedade mais justa.
Os misericordiosos perdoam e libertam os oprimidos.
Os puros de coração. Quem são eles? São sensíveis à dignidade humana.
Os pacíficos são aqueles criam laços de convívio com alegria e harmonia.
Tais práticas geram uma grande alegria, como filhos de Deus, já participantes da eternidade, em comunhão com aqueles que já partiram deste mundo.
Nós temos que agradar a Deus a todo o momento, não importa o local onde nos encontramos.
Se fôssemos neste momento sublime partilhar cada Bem aventurança enumerada naquele monte santo, certamente ficaríamos dias para descrever e escrever a pureza das palavras de Jesus.
Se após a conclusão deste texto tivermoss a convicção de que chegamos com glória ao topo desta montanha simbólica onde Jesus Cristo nos espera com os braços aberto, temos a obriga-ção de levar adiante as palavras proferidas e ensinadas por Ele no Sermão da Montanha.
Portanto, devemos a cada instante de nossas vidas, não importa o tempo, estar sempre atentos, confiando e crendo nas palavras de Deus, pois elas nos transformarão em bem aventurados e dignos das promessas oferecidas por Cristo.
A este Cristo Maravilhoso e Eterno, toda honra e toda glória.
Escritor Paulista
Enviado por Escritor Paulista em 31/01/2010
Reeditado em 31/01/2010
Código do texto: T2061344
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