CONVITE PARA FEIJOADA.
 
O telefone tocou, era o João que me disse:- "Olá! Que tal uma feijô lá na Mará? Nosso amigo Júlio, de Mogi, está aqui. Estamos na 25 de Março. A gente te espera lá, daqui a uma hora. Está bem?" E eu concordei.

Logo me preparei e saí sem levar um guarda-chuva. Ao chegar no poderoso restaurante meus amigos lá estavam com uma "loirinha". Copo para mim foi pedido.

De repente começou a chover tanto que virou um temporal. Um estrondo de trovão estremeceu a área, parecia que um bujão de gás havia explodido ali, em cima de nós. Um senhor estava para fechar seu guarda-chuva e, com o susto, o jogou pelos ares.

E assim foi, chuva lá fora e pinga aqui dentro, com limão, açúcar e gelo naquela caipirinha para abrir o apetite que já estava arreganhado. E então chegaram as nossas duas cumbucas fumegantes e com aqueles complementos. Ah! não faltava mais nada.

A chuva ficou mais fraca. Daí, um casal e uma criança lá entraram. Na frente, ela com uma cara amarrotada, e com a filha no colo, que chorava ninguém saberia por quê. A mãe trazia uma enorme sacola no ombro. Ele, o pai, mamma mia que homem bonito, com uma cara meio desanimada, todo desajeitado e carregando o guarda-chuva molhado, um ursinho de pelúcia e uma boneca, seguia logo atrás da mulher.

Ao ver a cena, eu pensei:- "Viu? no que dá transar sem camisinha.

Pedimos três cafés, tomamos aos golinhos, pagamos e fomos embora na fraca chuva que ainda caía.
Deyse Felix
Enviado por Deyse Felix em 30/01/2010
Reeditado em 20/06/2016
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