O ONEROSO "CUSTO SÃO PAULO"

A presente crônica nasce exatamente hoje, por debaixo da porta, na calada da manhã dum sábado, quando recebo os carnês do IPTU salgadinhos...mas bem encharcadinhos, aqueles recalculados pelo nosso Ilmo. Prefeito de Sampa...o prefeito das eternas águas...

DEPOIS QUE ME REFAÇO DO SUSTO, COMEÇO A ESCREVER...

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Não é necessário que sejamos economistas para opinarmos sobre custos e finanças e, por aqui no Brasil, basta que sejamos brasileiro E trabalhador, para que nos tornemos exímios economistas.

Atentem para o detalhe do "E".

Mas falo de São Paulo como paulistana da gema...e na qualidade de pontual ELEITORA que já mudou de opinião, não sei se me faço entender.

Aliás, por aqui tem um fato mais que curisoso: quem trabalha sempre é muito penalizado...e quem acredita que é proprietário de algo então, nem se fala!

E tem mais, façamos uma retrospectiva pelos custos dos nossos parcos bens, claro, faço o tal convite aos felizardos que depois duma vida inteira de trabalho e impostos, ainda conseguiram a proeza de ter um imóvel para morar e um carro para...já nem digo andar, muito menos estacionar.

Bom, ao menos um carro para guardar na garagem do "nosso" imóvel, o quê também vai nos sair bem caro, atualmente trinta a quarenta e cinco por cento a mais que no exercício anterior.

Por quê?

Porque na OPINIÃO do prefeito das eternas águas, o paulistano enriqueceu na mesma percentagem em apenas doze meses de crise financeira INTERNACIONAL. Somos o máximo em economia, sr.Prefeito!

Desafiamos, enquanto cidadãos contribuintes, qualquer número das piores perspectivas econômicas!

Muito bem, convido a todos para que computemos os custos de todos os IPVAS E IPTUS que já pagamos ao longo do período de eterno "leasing" (época da fictícia compra) dos nossos imóveis e automóveis. Leasing com o governo, obviamente!

No IPTU DE SÃO PAULO, coloquemos mais os no mínimo "trinta por cento" de aumento referente ao exercício 201O, conforme expliquei.

Muito bem, agora recalculemos os valores atualizados e descontemos o custo da depreciação e das manutenções dos mesmos, englobemos o preço do combustível , dos pedágios e seguros no caso dos automóveis, e os de condomínio, no casos dos apartamentos residenciais e/ou imóveis comerciais.Que festa financeira!

Alguém achou um número negativo? Calma, não se assustem! Eu explicarei:

É isso mesmo! Chegaremos à algumas das seguintes conclusões:

1- Não somos donos de nada que julgamos ser nosso.

2-Pagamos várias vezes para continuar não sendo dono de nada que julgamos ser nosso.

3.A somatória de TODO o custo para "apenas julgarmos" que um bem é nosso desde quando o adquirimos, já pagou n vezes o valor atual do bem depreciado que agora é nítido: não é nosso, mesmo. Nunca foi, e nunca será!

4-No caso dos automóveis pagamos muito caro para não usá-los, o que é justo, porque não é elegante se valer de algo que não é nosso. E se aqui em Sampa insistirmos em usar pelas ruas o que nunca foi nosso, a penalidade será cruel: Ou você empacará para sempre no inferno do trânsito, ou encravará suas rodas num buraco gigante como aconteceu comigo, ou as águas da chuva levarão o seu automóvel...aquele, que um dia pareceu ser seu mas que nunca mais apareceu!

Ah sim, isso se antes das águas, não aparecer alguém num farol e definitivamente lhe levar o objeto de leasing!Daí a provar que o bem nunca lhe pertenceu...correrão algumas outras taxas e impostos!

5-E como a inadimplência tributária com certeza vai aumentar, seremos DEVEDORES DAQUILO QUE JÁ ESTÁ MAIS QUE PAGO!

Bem feito pra nós, que ousamos usar o que não é nosso, aquilo que nunca mais será QUITADO!

E os nossos direitos? Danemo-nos! Ninguém mandou ousar adquirir um bem, numa sociedade de políticos que depenam o contribuinte que acreditava LHES colocar uns parcos ovos d'ouro!

Valeu Prefeito, nós paulistanos estamos podendo, estamos com a "bóia toda" e os carnês do IPTU nas águas que ainda irão rolar...até quando, hein?