NÃO QUERIA, MAS VOU TER QUE FALAR DO AMOR ….

 

          Sinceramente eu gostaria de entender porque as vezes o amor, sendo tão lindo e tão simples de ser vivido, torna-se extremamente complicado, questionado , discutido , ignorado e ao invés de trazer alegria , satisfação, prazer e grandes paixões, ao contrário, quase sempre traz muitas dores, feridas , sofrimentos, angústias, brigas, desentendimentos e tantas outras situações negativas que, perderia aqui muito tempo discorrendo à respeito.

          Se não me engano a primeira vez que ouvi falar de amor foi quando ainda era criança e numa festa escolar fui obrigado a declamar uma poesia sobre o amor de mãe.

         Não me lembro exatamente de nenhum verso e nem do nome do autor mas desde aquela época ficou gravado na minha mente que o amor materno era um pouco diferente do amor entre um homem e uma mulher.

         Nesta minha vida vivida já tropecei algumas vezes no que os poetas chamam de amor intenso, ou sublime, ou romântico ou até afrodisíaco.

          Se querem saber com sinceridade, em todas as ocasiões que me envolvi, tive problemas, houve desentendimentos, incompreensões, intolerâncias e algumas ofensas.

          Fico me perguntando se uma pessoa que ama realmente, ama incondicionalmente, sem limites, sem egoísmos , sem restrições e com toda pureza , pode agir e pensar de uma outra forma que não seja vivenciar os lindos momentos que só o amor pode proporcionar . Falo do verdadeiro amor, claro.

          Não quero dizer com isso que eu seja um amante irrepreensível , exemplar, irretocável, sublime, puro e sonho de consumo de qualquer mulher meio lúcida e que ainda não esteja completamente embriagada.

          É claro que tenho toneladas de defeitos, angústias, ciúmes e ansiedades como qualquer outro homem, mas a pergunta que fica no ar e me incomoda é saber o motivo pelo qual, sendo seres racionais, não somos capazes de amar o tempo todo e integralmente de forma lúcida, equilibrada, absolutamente sem arranhões e curto circuitos.

           É bem verdade que se de fato existisse um romance que nunca tivesse acontecido alguma rusga, dor de cotovelo ou motivo para uma bela bebedeira os poetas e compositores estariam perdidos, pois dificilmente consigo encontrar uma música ou um poema ou uma pequena poesia que não tenha os dois lados da moeda no tal do amor, isto é, amor e ódio, tapas e beijos , abandonos e retornos , compreensões e intolerâncias e brigas, brigas e mais brigas.

          Aliás, noutro dia conversando com uma querida amiga ela me confessou que não concorda que se considere que quando um casal está na cama ou no sofá da sala se diga aos quatro ventos que estão fazendo amor.

           Ela discorda veementemente defendendo a tese de que amor não se faz, vive-se dele ou pelo menos, deveríamos viver dele.

           E partindo desse principio, gostaria de deixar outra pergunta no ar : porque o amor de mãe é lindo, incondicional, sublime, supremo, irretocável , inabalável , inigualável e entre um homem e uma mulher isso nem sempre acontece e quando costuma acontecer, não permanece o tempo todo nesse estado de graça. ?

          Percebo, quase ao final desta tola croniqueta que não sou a pessoa ideal e qualificada para falar de amor e sobre o amor.

           Para tanto eu precisaria estar formado na Academia dos Poetas Vivos ou ser sócio honorário ou do Clube dos Românticos ou dos Tolos homens traídos.

          Ou então, quem sabe vivendo um desses amores que às vezes surgem nas novelas e nos filmes caramelados que costumam passar nas quartas feiras à tarde.

          No momento, aliás há um bom tempo, isso não acontece na minha vida. Mas a questão é a seguinte : porque o amor é tão complicado ?

          Ou melhor, porque o amor é tão simples e nós, homens e mulheres adoramos complicar nossos relacionamentos ?


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(.....imagem google.....)

WRAMOS
Enviado por WRAMOS em 26/01/2010
Reeditado em 25/02/2013
Código do texto: T2052377
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