BUSCANDO UM INTERLOCUTOR (prosa poética)
 

Tanto ainda a ser dito

Não é o como ou o porquê
Difícil é sober o quê
(angústia de filósofo/ Nena Medeiros)
 
 
  
 Falar sempre é preciso
    E eu buscando um interlocutor
     Na falta de...
     Acho que  só recriando o diálogo
      do pequeno príncipe com a raposa.
        Serei eu o menino dos cabelos dourados da cor do trigo
          ou serei a raposa bonita?
            Se o menino eu for, não direi que estou triste
             à procura de um amigo para brincar
               e se a raposa, não exigirei ser cativada.
                Já fui. 
                 Já me imagino de laços criados,
                   me sentindo necessária e única no mundo.
                     Mundo este sem melancolia nem aborrecimento,
                      cheio de sol,
                        de passos diferentes que não me levam a esconder-me ,
                          mas que me chama para fora como música.
 
 
(texto baseado no diálogo do Pequeno Príncipe com a raposa)
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 26/01/2010
Reeditado em 26/01/2010
Código do texto: T2051621
Classificação de conteúdo: seguro