O PAÍS DO ARRUDA
"Que País é esse?"
Caramba! Depois de Renato Russo e Charles de Gaulle, cada um ao seu jeito, dizerem: “Brasil, o que é isto?”. Nós continuamos a dizer “que País é esse” ou que “o Brasil não é um país sério”. Todavia, mudanças começam tênuemente aparecer aqui e acolá, mas, não conseguem por si só fazerem barulho de trios elétrico. Porém, vislumbra-se no horizonte a possibilidade de uma sociedade, não digo mais ética, mas, mais transparente. Sobretudo, com relação aos ocupantes de cargos públicos.
Não podemos ser mais coniventes e nem cúmplices dos assaltos perpetrados à coisa pública. À medida que continuamos a eleger bandidos para gestão de cargos públicos. É lamentável e melancólico de ver como autoridades, que têm o dever de manter a ordem pública, tratam as pessoas que não concordam com dinheiro nas meias, cueca, na algibeira ou sei lá o que.
O que está se presenciando em Brasília é algo de completa inversão de valores. São os políticos corruptos que recebem os afagos e os estudantes o peso dos cassetetes sobre o lombo. Na verdade, continuamos a elegê-los. Tudo é questão de “marketing” , santos viram demônios e demônios viram santos e por ai vai o dinheiro publico. Vide o episodio do Collor X Pedro Simão. A verdade é que o custo Brasil é um dos mais altos do mundo. Pois carga a tributária imposta sob quem trabalha de verdade nesse País, acaba por esmagando quem tem iniciativa dentro do mercado de bens e serviços. Tudo isso para sustentar um estado ineficiente, que promove mais a locupletação de seus gestores por via do desvio dos recursos públicos do que o bem estar coletivo da sociedade brasileira.
É algo inconcebível que tenhamos que pagar pelo litro da gasolina R$ 2,80. Enquanto a mesma gasolina brasileira está sendo vendida nos Países de fronteira à cerca de R$ 1,50. Nossos carros produzidos no país são vendidos lá fora por 47% a menos do valor que são vendidos aqui . Porque temos que sustentar os passeios em iates pelas praias de Mônaco e o champanhe francês dos políticos corruptos, acabamos por nos transformarmos em verdadeiros escravos desse sistema injusto, que valoriza corrupto e despreza o probo.
Pagamos impostos por educação, e não temos. Pagamos por saúde, saneamento básico, segurança pública, etc. e etc., e o que temos... Quase nada. Temos que pagar a parte pela saúde, educação e segurança, pois aquilo que nos é oferecido, com perdão do jargão, é pior do que lavagem para porcos! Esses custos extras e mais a carga tributária estão esmagando quem tem que levar este País sobre as costas. E ainda por cima temos que presenciar o governador Arruda sorridente fazer piadas com relação ao ganhador da sena.
A cena de autoridades empurrando uma jovem ao chão, que tentava resistir a todo esse descaso dos políticos do legislativo de Brasília, e, que depois foi vista com o braço engessado ainda a frente da resistência, chega ser de uma ironia tão grande que dá até para chorar de ódio. Como e porque não são os corruptos que são jogados e escrachos no chão? Mas, ao invés disso, o que se vê é o cidadão que paga os impostos e trabalha honestamente sendo jogado ao chão e, vilipendiado o seu direito de cobrar o caminho da ética na política brasileira.
“Que pais é esse?” . Quero acreditar e espero que não seja o “País” do ARRUDA.
(Fábio Omena)