O fenômeno humano
Há alguns anos venho tentando me recordar do nome de um escritor inglês moderno, que escreveu um interessante livro, onde procurava demonstrar qual o fundamental e único problema humano.
Como acontece com muitos que se dedicam a estudar o chamado fenômeno humano, o seu intento era achar o “santo graal”, o que explicaria todo esse mistério acerca da existência da humanidade. Já foram tentadas as explicações mais mirabolantes, sem o mínimo sucesso.
Pois esse autor,cujo nome não consigo me lembrar, afirma com todas as letras e crueza que o problema do ser humano é ter uma “bunda que caga”. Embora esta frase não seja nada sutil e muito menos cheirosa, o fato é que esse autor não está sendo original como eu inicialmente pensei, pois fiquei sabendo que o grande filósofo existencialista Jean Paul Sartre, disse certa vez que “o universo gira em torno de um par de nádegas”.
Mas Sartre,ao contrário,não via problema nas nádegas,dando um cunho de muita importância a esta parte do corpo humano. Em razão da dificuldade de se retratar o universo como ele é realmente, os próprios cientistas apelam para comparações e modelos mais prosaicos para que o leigo possa entender do que eles falam, a exemplo do que fez o inglês e o existencialista Sartre,a respeito da problemática humana.
E por vezes esses modelos imaginados acabam por ajudar o pesquisador em grandes descobertas, como foi o caso da descoberta do DNA, graças aos seus pesquisadores terem imaginado o DNA como uma hélice.Há até uma teoria de que o universo seria um grande organismo pensante ,a teoria de Gaia, e, claro, com a irreverência dos filósofos de botequim, seria um pulo imaginarmos o universo como um belo,aí já por minha conta,par de nádegas, mas sem cairmos na tentação de pensarmos o universo como uma mulher melancia, o que denotaria um mau gosto intolerável.
Ora, segundo começo a especular, deveríamos evitar essas comparações com o organismo humano, para que não surjam sub-teorias, incluíndo peitos, costelas de adão,pés, e outros adereços provocantes e mesmo imorais. É por isso que Einstein, embora também fosse bastante imaginativo quando da construção de suas teorias, ao apresentá-las nos congressos científicos, era bem parcimonioso e sucinto,evitando comparações.
Mas como estamos vivendo uma época muito estranha, nem o grande cientista e o maior físico do nosso tempo Stephen Hawking resistiu a comparar o universo como uma bolha de sabão, que estaria se expandindo como uma bola de assoprar, o que provocou nele um certo medo de que pudesse existir alguém com um alfinete cósmico e que, só para se divertir, estourasse a nossa bolha, extinguindo de vez com a nossa espécie, o que talvez não fosse de todo uma má idéia...
Bem, para concluir, comecei a escrever esta crônica de início de ano para lastimar meu esquecimento do nome do escritor inglês que escreveu uma tese atribuindo toda nossa problemática ao traseiro. Estava disposto a contestar tal teoria, apresentando uma história semelhante ao do grande Hawking, que nos apresentou a sua bolha de sabão, mas sem esse enorme perigo da alfinetada cósmica, pois, sinceramente, prefiro a comédia ao dramalhão.
Não se pode contestar, porém, que tudo começou com um grande estouro, o big-bang, o que nos remete novamente à imagem de um organismo humano. E quem teria o atrevimento, mesmo o mais radical religioso, de contestar que esse estouro não foi um grande “pum” dado pela matéria concentrada, originando daí o nosso universo? Quem sabe não era esse o problema vislumbrado pelo inglês, pois acho até que não houve apenas um big-bang, mas uma sequência de “puns “, ocasionando esta grande diarréia universal em que estamos metidos.
Felizmente, acredito eu, a humanidade ainda sobrevive e não está totalmente prejudicada, o que dá razão aos meus antigos colegas de ginásio, lá do Colégio Rezende, que não se cansavam de afirmar: “ Afinal, o que abunda não prejudica!!!”
Há alguns anos venho tentando me recordar do nome de um escritor inglês moderno, que escreveu um interessante livro, onde procurava demonstrar qual o fundamental e único problema humano.
Como acontece com muitos que se dedicam a estudar o chamado fenômeno humano, o seu intento era achar o “santo graal”, o que explicaria todo esse mistério acerca da existência da humanidade. Já foram tentadas as explicações mais mirabolantes, sem o mínimo sucesso.
Pois esse autor,cujo nome não consigo me lembrar, afirma com todas as letras e crueza que o problema do ser humano é ter uma “bunda que caga”. Embora esta frase não seja nada sutil e muito menos cheirosa, o fato é que esse autor não está sendo original como eu inicialmente pensei, pois fiquei sabendo que o grande filósofo existencialista Jean Paul Sartre, disse certa vez que “o universo gira em torno de um par de nádegas”.
Mas Sartre,ao contrário,não via problema nas nádegas,dando um cunho de muita importância a esta parte do corpo humano. Em razão da dificuldade de se retratar o universo como ele é realmente, os próprios cientistas apelam para comparações e modelos mais prosaicos para que o leigo possa entender do que eles falam, a exemplo do que fez o inglês e o existencialista Sartre,a respeito da problemática humana.
E por vezes esses modelos imaginados acabam por ajudar o pesquisador em grandes descobertas, como foi o caso da descoberta do DNA, graças aos seus pesquisadores terem imaginado o DNA como uma hélice.Há até uma teoria de que o universo seria um grande organismo pensante ,a teoria de Gaia, e, claro, com a irreverência dos filósofos de botequim, seria um pulo imaginarmos o universo como um belo,aí já por minha conta,par de nádegas, mas sem cairmos na tentação de pensarmos o universo como uma mulher melancia, o que denotaria um mau gosto intolerável.
Ora, segundo começo a especular, deveríamos evitar essas comparações com o organismo humano, para que não surjam sub-teorias, incluíndo peitos, costelas de adão,pés, e outros adereços provocantes e mesmo imorais. É por isso que Einstein, embora também fosse bastante imaginativo quando da construção de suas teorias, ao apresentá-las nos congressos científicos, era bem parcimonioso e sucinto,evitando comparações.
Mas como estamos vivendo uma época muito estranha, nem o grande cientista e o maior físico do nosso tempo Stephen Hawking resistiu a comparar o universo como uma bolha de sabão, que estaria se expandindo como uma bola de assoprar, o que provocou nele um certo medo de que pudesse existir alguém com um alfinete cósmico e que, só para se divertir, estourasse a nossa bolha, extinguindo de vez com a nossa espécie, o que talvez não fosse de todo uma má idéia...
Bem, para concluir, comecei a escrever esta crônica de início de ano para lastimar meu esquecimento do nome do escritor inglês que escreveu uma tese atribuindo toda nossa problemática ao traseiro. Estava disposto a contestar tal teoria, apresentando uma história semelhante ao do grande Hawking, que nos apresentou a sua bolha de sabão, mas sem esse enorme perigo da alfinetada cósmica, pois, sinceramente, prefiro a comédia ao dramalhão.
Não se pode contestar, porém, que tudo começou com um grande estouro, o big-bang, o que nos remete novamente à imagem de um organismo humano. E quem teria o atrevimento, mesmo o mais radical religioso, de contestar que esse estouro não foi um grande “pum” dado pela matéria concentrada, originando daí o nosso universo? Quem sabe não era esse o problema vislumbrado pelo inglês, pois acho até que não houve apenas um big-bang, mas uma sequência de “puns “, ocasionando esta grande diarréia universal em que estamos metidos.
Felizmente, acredito eu, a humanidade ainda sobrevive e não está totalmente prejudicada, o que dá razão aos meus antigos colegas de ginásio, lá do Colégio Rezende, que não se cansavam de afirmar: “ Afinal, o que abunda não prejudica!!!”