Leve como pluma
Leve Como pluma
Quando estou na água é como se me transformasse na mais esguia bailarina, com seus movimentos suaves e encantadores. Movimento-me de um lado para outro com movimentos suaves e circulares. Fico espantada como posso deslizar suavemente, equilibrando todo meu peso, parece que estou a bailar.
Alongo a coluna, os braços, alongo a vida que passa a passos largos, alongando o tempo que não para de passar. Mas não importa que ele passe, pois quando estou na água o calor e os movimentos de vai e vem me fazem lembrar do calor materno, do embalar da infância.
Rodopio pra cá, rodopio pra lá, tão leve, tão solta, sinto-me menina. Menina que estava adormecida bem lá no fundo de minha alma e que volta desperta na magia das águas.
Estou de novo na água, na aula os movimentos são rápidos, dou pulos, dou murros, dou chutes; a musica é contagiante, com os exercícios sinto-me poderosa. Mas, como posso fazer tudo isso? É incrível!
Quando saio da água o sonho acabou. Saio com o andar cuidadoso, desgaste do joelho, um pouco pesada para minha altura e cheia de “ozes”, contudo, por dentro continuo jovem e por fora renovada.