James Bond, a fantasia e os homens e mulheres de verdade...

C., uma colega, recebeu um texto chamado, sei lá por que razão, "Tríade sinistra", que falava sobre masculinidade e, envolvia, imagem James Bond, o personagem de Ian Flemming, que dizia o seguinte:

"TRÍADE SINISTRA, para mim, era Hitler. Stálin e o Muro de Berlim. Mas há poucos dias soube que existe um significado sexual e evolucionista para esta expressão. Tríade Sinistra é uma espécie de ordem masculina da qual o patrono é James Bond.

A má notícia para integrantes da Tríade Sinistra, segundo alguns estudiosos, é que eles são narcisistas, manipuladores e sociopatas. A boa é que eles pegam todas.

Fazem muito mais sucesso, entre as mulheres, que nós, os bem-intencionados. James Bond, por exemplo. Seu divertimento predileto é matar pessoas enquanto brinca de salvar o mundo.

Só quer, como um legítimo cafa, finalizar mulheres exuberantes para logo depois levantar as calças e mais uma vez defender a humanidade de vilões que por mais que se empenhem chegarão mortos ao fim do filme. Nenhuma resiste a ele.

Não porque o cinema coloque em sua pele galãs como Sean Connery ou Daniel Craig, segundo alguns cientistas, mas porque ele tem em dose extraordinária todos os ingredientes da Tríade Sinistra."

By Fabio Hernandez"

E eu não resisti à tentação de responder o que segue, com o meu humor típico:

"Ah, nem!

O autor do texto é mais feminista do que muitas militantes.

A admiração por Bond de parte dos homens tem uma explicação simples e razoável: a projeção das fantasias masculinas em sua figura, que encarnam o arquétipo do guerreiro e do "garanhão". E por parte das mulheres, nem sei se é o caso de falar a respeito...

...Mas, não me venham me dizer que as mulheres não admiram ou não gostariam de ser submetidas e dominadas por Bond, James Bond, um sujeito que exala testosterona (oh-oh, que símbolo fálico mais didático poderia haver do que a competente pistola de 007?), charme, coragem assassina e, cafagestagem esclarecida.

Por que Sean Connery, e tantos outros foram escolhidos para o papel? Pelo simples fato de que - exceto, talvez, George Lazembi e sua cara de cansado e, Timoty Dalton e seu olhar embaçado - parecem machos alfa da espécie, tipos temidos e admirados pelos outros machos e, admirados e cortejados pelas mulheres, ora!

Em tempo de suposta correção política, muita gente deixa de falar as verdades da vida, inclusive aquelas relativas a relacionamentos entre homens e mulheres.

Mas, entre quatro paredes, entre homens e mulheres cujo grau de confiaça chega à confidência, a gente descobre o que é a verdade e, o que é o desejo - à parte o possível.