DE MUTUCA E DE LOUCO...

As tardes parecem mais mornas, apesar do calor de lascar aqui e acolá. E olha que estamos em pleno "inverno". Quinta-feira com cara de sexta e uma certa sensação de desapontamento pairando no ar com a proximidade do fim do período de férias.

Na Praia da Tartaruga, no bucólico município vizinho de Peixe, no Estado de Tocantins, que se transformou numa espécie de república de Gurupi nesta temporada, um menininho reclamava indignado pelo fato de ter procurado e não ter sido encontrada sequer uma tartaruga. "- É que elas são tímidas, quando avistam muita gente, desaparecem!" – Justificou o pai tentando consolar o filho.

Por aqui não é muito diferente. Cadê as mutucas do Parque Mutuca? Hoje o que mais se vê por lá são casais de namorados de mutuca, curtindo o maior romance. O que os ambientalistas e as autoridades estão fazendo para repovoar o parque com esse simpático bichinho?

Lembro-me que há seis anos atrás um casal de mutucas foi visto sobrevoando o parque. Estavam quase irreconhecíveis e houve quem dissesse se tratar de seres extraterrestres.

Outro dia fui parado na rua por um cidadão indignado com o que ele considera de "tanto descaso" para com as mutucas. Chegou até a sugerir que a Prefeitura de Gurupi construa um Monumento a Mutuca no Parque Mutuca, para que as gerações vindouras pelo menos tenham uma vaga noção do que é (ou que foi) a mutuca.

Caros leitores, como vocês puderam ver, mutuca também é cultura.