Como as abelhas
Queria ser como as abelhas que após construírem a colméia abandonam-na.
E não a deixam morta!
Mas viva e repleta de alimento.
Deixam lá todo o mel fabricado
Partem para a próxima morada sem olhar para trás.
Desapegadas, abandonam tudo o que levaram uma vida para construir.
Deixam o melhor que puderam.
As abelhas sabem quando uma etapa chega ao final.
Não insistem em permanecer mais que o tempo necessário.
Encerram ciclos, fecham portas e terminam capítulos.
Sabem que as coisas passam e o melhor é deixá-las ir embora.
Não se importam se perderam ou ganharam.
Sem cartas marcadas.
Terminam o capitulo antigo.
Encerram ciclos.
Não por orgulho, soberba ou incapacidade.
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Então, como as abelhas, arrisco:
Fecho minha porta, mudo o disco, limpo a casa, antes de começar um capitulo novo.
(Prudente de Morais- madrugada/ janeiro/2010)