Qual será o Orixá do Consul?

Num país de histórias tristes, fundado, criado por povos oriundos de outras histórias tristes. Onde a Natureza, tão reverenciada, por vezes não se portou como mãe, acolhedora e prestativa. Uma Ilha, apenas uma ilha. Não, não apenas uma ilha. A Ilha. O porto seguro para quem fugia das viscicitudes, da miséria, dos horrores da fome e da escravidão. Uma ilha. O recomeço de todo um povo. Alí instalado levaram consigo sua fé, sua crença, seus hábitos e costumes, para o tempo de renovação. MAs, apesar de tanta fé, de tantos ritos, de tanta adoração, o povo continua sofrendo as opressões, a fome, a miséria que cisma em ser companheira. MAs a fé continua. Canticos, rituais, clamor aos Orixás, aos Voduns, À ancestralidade. Oferendas parcas de elementos, cheias de pedidos e agradecimentos. Sim. devem agradecer aos que ali estão doando parte de suas vidas tentando organizar e conduzir a vida desse povo. Brasileiros da Força de PAz, que longe de seus familiares, de sua terra procuram levar àquela gente o que temos em precariedade. Paz! Jovens brasileiros, evangélicos, budistas, católicos e macumbeiros ( afro-descendentes) que partem engalanados e voltam com suas almas endurecidas, calejadas por vivenciar o horror da fome. MAs voltavem, felizes por terem ido, felizes por terem voltado.Brasileiras, que em nome da família, por missão, por opção ou por coação financeira, alí se intalaram e fizeram dessa ilha sua segunda terra mãe, que como segunda tornou-se madrasta, daquelas de contos infantis.

MAs, a natureza não tem religião. Ela é a religião. A religação. Ela é soberana, impávida, colossal! A NAtureza é feminina, e como tal vaidosa, teimosa e cheia de melindres. SE ajeita, se arruma, se recompõe, não importando com as consequencias desse ato. Deixa isso para os Deuses! Então dá-se à essas consequencias o nome de catástrofre. PAra ela, a natureza, foi apenas uma acomodação de suas placas Tectonicas, um alongamento, uma esticada ao amanhecer, apenas isso.

MAs, voltando ao povo, que ora, que reza, que canta , que oferece sacrifícios, mais motivos tem para orar, para sacrificar, para cantar seus lamentos e seus ancestrais, para pedir e agradecer cada vez mais aos Orixás a chegada de alimentos, água e dos meninos de todo o mundo de todas as religiões que solidariamente unem suas mãos no socorro ao próximo. Afinal, os Deuses conseguiram por certo tempo unir os homens numa mesma fé. A fé de salvar mais pessoas possíveis.

MAs, onde entra o Consul nessa cronica?

Ele não entra em minha cronica. Aqui não. Me recuso a citar o nome de um ser que deveria estar lá embaixo dos escombros, sustendando a laje que matou dez meninos brasileiros. Os ossos desse Consul deveriam estar lá sustentando o teto da igreja que ruiu sobre a mais nobre das brasileiras dos últimos tempos.

NUm jogo , diante de um sacerdote, certamente os búzios diriam: " Esse ori, ninguem quiz".