DE ADÃO A DARWIN.

Charles Darwin não é só um paradoxo moderno, o foi também quando de suas convicções que ficaram guardadas por temor de perseguição, segredadas pelos amigos.

Fugido de seus princípios religiosos fortes, proclamava que Deus era o legislador supremo.

Perdendo sua filha desligou-se da religião, mas mesmo assim ajudava a igreja que antes frequentava.

No ano do bicentenário de seu nascimento, 2009, persiste o embate entre o criacionismo e o evolucionismo e, evidente, numericamente este perde longe em adeptos, não importando razões, mas números.

Um em cada dois americanos acredita que o homem possa ser resultado de milhares de anos de evolução.

Na Inglaterra, terra natal de Darwin, , mesmo que tido como herói nacional, um em cada quatro conterrâneos acham sua tese pura enganação.

Para a sociedade, na época, houve um choque acompanhado de revolução de idéias com a hipótese do homem não incorporar um ente especial e ainda ser resultado de macacos.

Muitas provas reunidas por Darwin somaram-se a muitas outras negativas, ou seja, sem respostas, isto até hoje e, creio, assim será para sempre, nada há onde não existe Deus, e que se diga sempre, repita-se à exaustão, O PRIMEIRO MOTOR.

Explicar o soluço, o ronco, o engasgo, o coccix, o dente ciso, sofrermos de apendicite, os arrepios e as dores do parto, ligados ao núcleo explicativo da evolução como por ele declinado e alongado de descrever, não fecharam a plenitude da prova.

A ciência continua a pé, bota, manca, sem meios de provar o ateísmo, pelo mesmo fundamento de ser indemonstrável não existir ou existir Deus.

A irritação causada por Darwin tem cunho religioso, mas Darwin foi um religioso, traumatizado pela morte da filha refutou o credo, sempre, contudo, afirmando não ser um ateu, mas um agnóstico, aquele que não crê, nem descrê.

Pesquisa recente mostra que os mais fervorosos defensores da evoluçào estão na Islândia, Dinamarca e Suécia. Isto estaria ligado à ausência de todos os temores por aparente segurança material que assiste países ricos.

Mas a Islândia, ilha de felicidade material, faliu.

Como estariam agora que lhes falta a fé que conforta?

A ciência continua sem poder contestar o Adão romanceado bíblicamente, a demografia mundial está ao lado do criacionismo em suas variadas crenças sem que nada nem ninguém reduza esse número expressivo.

Darwin contribuiu em muito para a ciência, mas Adão como ícone continua de pé.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 19/01/2010
Código do texto: T2038704
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