Feridas abertas
Em meio ao caos,dor e destruição,
Surge uma vida,uma nova injeção de ânimo
Naqueles que buscam entre escombros,apenas corpos...
Começa uma luta angustiante contra o relógio,
Mas ele não pára,o tempo continua,não pode parar...
Em meio a desgraça,os olhos do mundo se voltam para um ponto em algum lugar.
Renasce a solidariedade....
Mas,pergunto-me:
É necessário sempre uma grande catástrofe para que possamos então nos sensibilizar e ajudar aqueles que já precisam?
O Haiti já era um país miseravelmente existente,á baixo da linha da pobreza,crianças morriam todos os dias sob desnutrição,fome,doenças por falta de saneamento básico.
Adultos cada vez mais infectados por Doenças sexualmente transmissíveis...
Lembro-me de uma matéria exibida há uns quatro meses atrás,por uma famosa rede de comunicação brasileira,onde crianças se alimentavam com a mais nova invenção da culinária local:Biscoito de Barro...
Uma luta pela sobrevivência,que agora sob tamanha calamidade,enfim tem a atenção do mundo...
Até quando precisaremos de tanto sangue derramado para podermos ajudar?
Até quando vidas serão ceifadas para que os governantes enfim,façam forças tarefas para ajudar?
Agora cabe a nós clamar,com a nossa fé,no que cremos para que não seja necessária mais feridas abertas,para que a visão do mundo seja restaurada,para que a atenção seja voltada para algum lugar no mundo e a ajuda enfim venha...
Cabe a nós não só esperarmos,mas engajarmos enfim em algo e não só lamentarmos o que aconteceu,à espera de que o tempo traga o esquecimento e a cura das feridas que ficaram e ficarão abertas por algum tempo.
Não devemos esperar que o caos se instaure para podermos agir,ou acontecer conosco para que possamos sentir a mesma dor de uma ferida que aberta,insiste em sangrar,e nunca se curar...
P.S:E de acordo com o médicos que estão naquele país,o pior ainda está por vir...
A morte não foi o pior,os sobreviventes,ainda machucados fisica e psicologicamente correm os riscos das endemias,epidemias e tantos outros.E ainda estão à espera não apenas de água e comida,mas de enfim, enterrar seus tantos mortos,sem se quer saber que isso ainda não foi tudo...