PARA MANTER A ESPERANÇA

Chove muito aqui em Santa Maria, hoje. Acordei a pouco, é sábado, dá para descansar corpo e mente, após uma semana de trabalho. Sentada, com meu "mate", como diz o Dante Marcucci, procuro alguma coisa no fichário da memória. Algo bom, alegre, leve, para descontrair um pouco as pessoas que me leem aqui no Recanto.

Como a vida é feita de sentimentos, que variam conforme o momento ou o estado de espírito, é óbvio que encontro muitas coisas boas no meu arquivo mental. Algumas estão tão longe, que até parecem outra vida. As coisas da infância e da juventude, época feliz e descontraída. Sem muitas preocupações. O importante, na época, era estudo e diversão. Tempo bonito. E não só na minha vida. O tempo era bonito, literalmente.

Por mais que se queira, hoje, é impossível não fazer comparações entre passado e presente. A própria chuva torrencial de hoje, me leva a um tempo em que as chuvas eram melhor distribuídas, em que o sol era propício a um belo bronzeado, em que as estações do ano eram sempre iguais. É óbvio que ocorriam enchentes e elementos do clima que, eventualmente, destoavam do ritmo cadenciado da natureza. Tragédias sempre existiram. Mas, eram esparsas e as notícias demoravam a chegar. De tal forma, que, muitas vezes, a gente nem tomava conhecimento.

Hoje parece que o caos se instalou no mundo, invertendo a ordem natural das coisas. O homem mudou. A natureza foi modificada pela mão do homem. E não resistiu. Semelhante a uma mulher espancada anos a fio, ela se revoltou. E essa revolta resultou em contrações, que expelem os miasmas negativos que se acumularam no astral do Planeta. De tão sofrida, a Terra chora na forma de chuvas torrenciais. Se revira na forma de terremotos, maremotos, furacões. Se endurece na forma gelada do inverno rigoroso e desgovernado. Se incendeia através dos buracos na camada de ozônio, com o sol escaldante.

São coisas tristes de falar. E eu queria tanto escrever coisas bonitas! Coisas que amenizassem a dor dos corações.

Mas, eu posso, e vou, falar na esperança! Porque a vida só termina quando morre a esperança. E nós, que já alcançamos um certo grau de Luz na escala evolutiva; nós, os pseudo-escritores e poetas; todos nós podemos, e devemos, manter e escrever sobre a esperança. A derrota parece iminente, mas não é assim que devemos ver as tragédias naturais. Vamos olhar pelo lado da esperança. A esperança de que sempre "após a tempestade, vem a bonanza".

A Terra saturou e está sofrendo uma limpeza física e astral, para ressurgir, após dias tormentosos, mais leve, mais humana, mais feliz. As vidas levadas neste momento, estão sendo conduzidas e assistidas pelos Anjos de Luz, para uma morada mais condizente com seu grau evolutivo. A cada um é dado segundo suas obras. Nada é por acaso e ninguém sofre injustamente. Porque o Criador é justo. O Pai sabe o que é melhor para seus filhos. E ofereceu dois caminhos para nossa evolução: pelo AMOR ou pela DOR. De uma forma ou de outra, chegaremos a Ele. Se a dor nos acomete hoje, é porque escolhemos essa estrada, em detrimento do AMOR. Mas, e aí esta a ESPERANÇA, a DOR une os corações na solidariedade, na ajuda mútua. E faz brotar o AMOR!

Portanto, que cada um de nós, neste momento, ajude da forma que estiver ao seu alcance. Vamos elevar nosso pensamento a LUZ UNIVERSAL, pedindo que ilumine os corações de todos os homens. E num uníssono dizer: "Em Tuas mãos nos entregamos, Pai. Obrigada por esta oportunidade de regeneração. Temos certeza que amanhã, a Terra resplandecerá na LUZ!".

*Escrito em 16/01/10 - sábado.

Giustina
Enviado por Giustina em 17/01/2010
Reeditado em 14/01/2014
Código do texto: T2034087
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