QUESTÃO DE OPINIÃO

Os seres humanos, considerados os únicos animais providos de “racionalidade”, dotados de inteligência até então conhecidos, possuidores da faculdade de pensar e interagir com outros seres da mesma espécie ou não. Assim, tem a mania de fazer um juízo imediato de determinados atos e fatos ocorridos em seu lugareiro, de qualquer maneira e muitas vezes apenas por se sentir envolvido, sem, no entanto, avaliar que determinada situação pode ter consequências profundas e duradouras, tanto para benefícios quanto para danos.

Na verdade, o fator opinião é muito importante para se chegar a uma conclusão satisfatória, quando baseada indispensavelmente nos princípios da moralidade, responsabilidade e respeito mútuos, tão difíceis nos dias atuais.

Não é de bom termo ficar buscando encontrar noutras pessoas, razão para qualquer tipo de avaliação, pois cada qual tem sua própria opinião. O que se torna realmente necessário e procurar entender os motivos que a levaram a realizá-la, para daí, se fazer uma apreciação, recheada de completa isenção. Agora a questão de aceitar ou não já é outra coisa, e isso ocorre principalmente se a causa tende a ser prejudicial.

É costume alguém dizer “já tenho minha opinião formada...”, sobre determinado assunto. Será que essa concepção é boa e eficaz? Penso que não, tendo em vista sua vulnerabilidade, pois cada caso deve ser analisado de acordo e dependendo da sua especificidade, senão, tornar-se-ia tudo em um ponto comum e não é bem assim, são situações diferentes para resoluções diferentes. Daí pensar, como sugeriu o poeta, uma “metamorfose ambulante”, também pouco provável. Tudo isso pode resultar em uma explosão de idéias, todavia, em havendo contradições, abre-se uma enorme vastidão entre o certo para alguns e o errado para outros.

Partindo desse principio, o velho chavão está assegurado: “Opinião não se discute”, mas deve-se respeitar.

Polemizar não é a solução.