SOBRE QUEDAS, FRATURAS E AFINS

Pôxa, Poeta, há muito tempo que não vejo a minha própria figura ser assim tão fielmente retratada em um texto. Claro, você exagera seu tanto mas, exageros à parte, consegui me divertir, por um momento, com as quedas relatadas (e assim ri um pouco também de mim mesma que, à sua semelhança e à semelhança de sua amiga, também vivi a vida inteira a cair e, se descuidar, continuo a viver caindo; já quebrei quase tudo em meus vários corpos, no físico, no emocional, no mental. Por tantos tombos ganhei uma síndrome e já nem saio mais de casa desacompanhada: sair sozinha é quase garantia de queda e queda seria quase garantia de fratura. Bem, ficando dentro de casa e, dentro de casa tomando todo cuidado (casa por dentro também é lugar cheio de perigos) pelo menos me preservo, o mais que posso, de acidentes sérios e de fraturas no corpo físico, o que não impede de eu estar cheia de arranhões por esbarrões desastrados em maçanetas, pequenos cortes, pequenas queimaduras na cozinha e por aí vai…Graças aos Céus nada, nos últimos anos, que me force a colocações de gesso ou a operações para colocação de próteses no corpo físico seguidas de temporadas, às vezes longas, de fisioterapia… Nos outros corpos, que próteses reabilitariam os movimentos? Miserícórdia, que pena, não consegui dizer nada destas coisas com ao menos algum bom humor, ao contrário do que você fez tão bem em seu texto! Queria, mas, não consegui manter o riso inicial. Que pena! Desculpe Poeta.