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“Os que temem a vida já estão mortos”. Bertrand Russell (1872-1970), filósofo britânico.
QUERO CRER QUE SIM, DOM EVARISTO ARNS!
Quero crer que existe um lugar bonito e confortável para onde vão as pessoas que passaram por este plano terreno tentando fazer da Terra um ambiente melhor para as vidas sofredoras.
Quero crer que pessoas serão recompensadas com uma nova morada, com a paz sonhada pelo qual tanto se lutou e pregou. Não que pessoas como a irmã Dulce da Bahia, Madre Tereza de Calcutá, Gandhi, a médica pediatra e sanitarista Zilda Arns e tantas outras boas almas anônimas que ajudaram e/ou ajudam ao próximo estejam pensando em recompensas ou glórias.
Não! Pessoas iguais a elas são de uma grandeza de espírito que não estão em busca de ouros ou de prêmios. Querem é resgatar dignidades das vidas desfavorecidas, maltratadas, das pobres almas, pois pessoas que se doam em gratuidade como as citadas acima, já possuem ouro em seus corações. Nasceram com riquezas cravadas no peito e na alma.
Por isso quero crer que há um lugar onde risos sejam portas; olhares sejam luzes; as vozes, suaves melodias e o chão por onde caminharem seja amor a irradiar por todo o corpo que só soube ofertar bondade fraterna.
Quero crer que há um lugar assim construído com zelo milimétrico para abrigar as vidas que só souberam dar Vida a quem convivia à beira da morte. Seja morte física ou morte espiritual.
Enquanto católica e admiradora da médica pediatra Zilda Arns que fundou a Pastoral da Criança, a qual fiz parte, numa prece por ela, dirijo-me ao Bom Deus dizendo-lhe que espero mesmo que exista um lugar do tamanho da bondade, do tamanho da disponibilidade incondicional e do amor que a Zilda Arns ofereceu para quem não conhecia sequer o sentido da palavra solidariedade.
Uma mulher que tendo bens, se fez humilde. Uma mulher que não precisava envolver-se em causas sociais, que não precisava dar-se ao trabalho de visitar regiões carentes de diversos países, podendo ficar no conforto do seu lar, junto aos parentes e amigos. Mas, não. Sabe por quê? Porque seu amor era tão divinamente grande que não cabia em si. Ela precisava partilhá-lo.
O amor daquela mulher transbordava em seus atos, em suas palavras e quanto mais doava ternura, mais ternura tinha para ofertar. Para pessoas que como ela se doam, que dedicam a vida inteira a ajudar o próximo, eu só tenho um entendimento. É Deus agindo nelas.
Quero crer que existe um lugar para pessoas generosas como a médica pediatra Zilda Arns. E nas palavras confortantes do arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, seu irmão, termino confiante ao que ele disse onde sua irmã está neste momento:
“Está no coração de Deus” (dom Paulo Evaristo Arns)
Sim! Quero crer que sim.