Medo

O medo paralisa, é impeditivo.

Por mais que racionalizemos, somos acometidos pelo medo nas suas mais variadas manifestações; medo da violência, medo de catástrofes naturais ou não, medo de comprar e não poder pagar, medo de não comprar e se arrepender, medo do emprego, pela responsabilidade que a ele corresponde, medo do desemprego, pelas suas conseqüências e assim vai numa lista infindável.

Temos até mesmo o medo de sentir medo. Que o diga quem já experimentou um ataque de pânico.

Ironicamente, se não existe medo falta também coragem. Uma prescinde do outro e, se assim não for, não é coragem, apenas bravata.

Mas, se é impeditivo, paralisante, como se explicaria a coragem? Com o domínio sobre si; o respirar fundo; com a atitude, o enfrentamento a despeito do suor frio, dos batimentos acelerados do coração e, principalmente com a convicção.

Vivemos dias em que as doenças da alma invadem consultórios e o equilíbrio é conquistado a duras penas e receituários azuis.

Mas, chega um momento em que o fantasma do medo se distrai e nos permite sentir a vida que “é bonita, é bonita e é bonita....”