UNIVERSO EM DESALINHO
 
 
Uma nuvem de tristeza abateu-se sobre o mundo.
 Poeira de terremoto destruidor.

Que fere, mutila e mata.
Devastador, como é a morte.
Os pobres estão mais pobres,
os solitários mais sozinhos,
os desabrigados - ainda mais perdidos.

 
O que está acontecendo no Universo
foge a nossa compreensão. Ou não!
Uma energia poderosa
está enviando sinais à humanidade.
Sinais evidentes de que a natureza também
está ferida e o universo – em desalinho.  

 
Os homens não se entendem.
O desrespeito pela própria espécie
segue seu curso, sem reflexões de bom senso.
Cada qual envolto em sua própria carcaça,
sem um olhar de comiseração e amor
por seu semelhante.
 
Frio e neve, enchentes e lama,
incêndios destruidores,
a fome, a miséria, o descaso.
Acidentes fatais, todos os dias,
nas estradas,
nas cidades,
fazem suas vítimas, sem piedade.

Assaltos, tiroteios, seqüestros.
A força do mal contra o bem... 
Até quando?
Estaremos regredindo
no que deveria ser a nossa evolução?  

 
O homem
- criado à imagem e semelhança de Deus –
imaginando-se em berço esplêndido,

envolto em sua teia de ganância e egoísmo,
não percebe a sua insignificância
diante da grandeza do universo.
 
A continuar esta cegueira universal,
chegar-se-á ao ponto final
de destruição em massa,

sem que encontremos um rumo.
Não haverá um único fio de esperança
em que possamos nos apoiar e, então,
teremos a consciência de que nada
terá valido a pena.

 - Nem mesmo viver!



 


Junta-se a este desabafo,
minha mana Hull de La Fuente
e todos que aqui estão ou estarão.

Minha mana, a Terra chora
Dando mostras de cansaço
E a ganância tudo devora
Com 7 estômangos e 21 braços.
 
A besta parece solta
Na apocalíptica situação
A Terra em desgraça envolta
Pra muitos não importa não.
 
Querida amiga poetisa,
até parece que estamos presenciando
o que está previsto na Bíblia.
Todos os valores foram varridos pra longe do homem,
das famílias, onde não há Deus reina a escuridão.
A natureza está só se defendendo.
Amei seu texto de alerta. Beijos, Hull
 
(Hull de La Fuente)

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Obrigada, Jacó Filho,
por esta complementação
poética ao meu texto.
(Milla)

Na era da transparência,
Todos conseguem perceber,
Que a terra vai perecer,
Diante das intransigências...
 
Ou mudamos o comportamento,
E aprendemos amar o próximo,
Ou o mundo torna-se tóxico,
Em grandes estremecimentos...
 
(Jacó Filho)

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