O HOMEM QUE QUEREMOS...
 

Foi desperta a minha atenção para este tema, pela leitura de um ensaio da recantista Juli Lima, postado dentro das páginas do Recanto das Letras.

http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=2027462

Como em meu comentário, também aqui nestas considerações, parto do seguinte questionamento:
QUEM QUER ESTE OU AQUELE TIPO DE HOMEM?
Penso que a sociedade como esta estruturada, apresenta ciclos diferentes de necessidades, e procura entre os seus membros aqueles que as possam saciar!
Assim, da forma como entendo o tempo que corre, a sociedade precisa de mais mão de obra, para dar cabo de inúmeros projetos, que não tem quase nada a ver com um progresso individual da maioria da população.
E mesmo assim, a mão de obra existente apresenta uma grande defasagem de conhecimentos e aptidões em relação com o que se necessita.
Faltam conhecimentos, falta experiência!
Ao mesmo tempo, em cada individuo que compõe esta mão de obra, não se espera que possua um senso critico aprofundado e inquiridor!
Assim, precisa-se de braços, dispensam-se os cérebros! (Na maioria dos casos que pude observar!)
Pois os cérebros são em sua maioria reservados para a formação de uma elite pensante, que em muitas oportunidades esta relegada a um segundo plano, quanto não se auto transferem para outros países, onde são mais valorizados e bem quistos.
Assim, fica clara para mim a necessidade de resposta a esta pergunta:
QUEM QUER?
Para num segundo momento pensar na seguinte proposição:
E O HOMEM QUER O QUÊ?
É neste ponto que as coisas se complicam, pois de um lado muitas são as vontades que querem se impor sobre cada individuo, e estas vem de diferentes lugares da sociedade que hoje esta constituída.
E na outra ponta se encontra a vontade intima de cada individuo que sob fogo cerrado, vai levando a vida como pode!
Como agüenta!
Como consegue!
E sonhos são feitos e desfeitos ao sabor das dificuldades que cada um encontra em seu encaminhar pela vida.
Entendo que estamos em um momento de transição, onde velhas praticas vão aos poucos se mostrando ineficazes, velhas condutas devem ser mudadas, modos de pensar devem ser reformulados...
A própria convivência entre pares tem sentido a necessidade de uma nova abordagem, pois valores que até então nortearam a convivência entre os pares padecem de um enfraquecimento, gerando dúvidas e inseguranças.
Entre estes valores que estão sofrendo crises de identidade destaco o casamento, a criação de um núcleo familiar, a criação de filhos...
Fora do âmbito restrito da vida particular e familiar, mudanças tem se observado com uma velocidade atordoante.
As pessoas estão perdendo as referencias, e se sentido perdidas.
E aqui recaímos no cerne da questão segunda; O HOMEM QUER O QUÊ?
A existência de inúmeras fontes de informação, não ajuda na tomada imediata de um posicionamento, pois com tanta variedade de informações, fica difícil a verificação da credibilidade de suas fontes geradoras... E num segundo momento, a resistência individual para a possibilidade de uma transformação ainda é forte e entranhada nos mais recônditos recantos da psique humana.
Por outro lado, a sociedade produziu nas últimas décadas, pessoas que são fruto de uma liberalidade extrema, misturadas, em alguns lugares com a vivência de regimes autoritários e que castraram imensamente o seu poder de discernimento.
Fora estes aspectos políticos, a falta de apego a crenças, tem produzido frutos lastimáveis.
Penso assim, por acreditar que crer, possibilita um aprendizado, de conceitos filosóficos, morais, éticos, que não se encontra com facilidade a mão em outros círculos...
Digo isto, pois, numa crença bem estabelecida, estes conceitos filosóficos, morais, éticos são apresentados conjuntamente com a pratica, não sendo apenas conceitos a serem aprendidos, mas a serem vividos...
Saindo da esfera das crenças, entrando na esfera do conhecimento humano, também as deficiências são gritantes...
Muitos detêm uma noção fraca e superficial de matérias inerentes á Humanidades, Exatas, Biológicas, para usar uma terminologia de meu tempo...
E poucos são experts nestes temas!
E assim os HOMENS QUEREM O QUÊ?
Como forma de buscar uma resposta a estas perguntas, entendo ser importante, que cada um procure dentro de si mesmo, aquilo que o mais define, e encontrando, espero que o possa guiar por novos caminhos.
Com certeza, o que nos define, também é a força que nos guia!
Quando não é encontrada esta força motivadora, ou quando esta se apresenta desfocada, a busca por ajuda não é demérito...
Assim a existência de fontes de apoio é imprescindível.
A procura destas fontes pode exaurir forças e ânimos, mas deve ser incessante! Pois a cada passo dado, outros inúmeros obstáculos se levantarão!
E estas fontes de apoio estão costumeiramente bem próximas de nós!
O homem que queremos esta assim, no emaranhado destas questões, que dizem respeito a todos.
São também questões intimas, as quais têm que ser  respondidas  primeiramente dentro de nós mesmos.
O homem que queremos é um reflexo de nós mesmos, por isso nos apressemos a decidir o que vamos ser!
 
Edvaldo Rosa
13/01/2010
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