Fogos, euforia, deslizamentos e...
Fogos, euforia, deslizamentos e...
O Ano novo começou com chuvas. Um bom prenúncio ou anuncio de grandes calamidades? Há de se entender como essa dualidade de fatores pode influenciar a vida dos povos e das cidades e, como entender a esses fatores se eles estão ligados intrinsecamente à razão humana mais que desafia-nos a enveredar pelo sincretismo religioso mesmo não se encontrando uma resposta sequer convincente.
Existe ainda a corrente dos naturalistas ecológicos , esses já hastearam a bandeira da verdade e do conhecimento do planeta onde todos os desastres acontecidos tem a resposta certa na agressão do homem ao planeta e, para eles não existe nenhum outro fato que possa ser ligado aos fenômenos naturais. Eu, tenho andado por lugares lindos e de natureza exuberante, mais vejo que a mão do homem leva o progresso a praias de areias finas e alvas em forma de lixo (sacolas de plástico e garrafas pet) sem falar em outras coisas que já encontrei, acredito que esses artefatos maliciosos dariam uma grande exposição nas mãos hábeis dos clérigos do Greenpeace, obviamente acompanhados de uma literatura fantástica das causas, efeitos e durabilidade do mal causado.
Mais a verdade é que com a explosão demográfica e o aumento populacional o mundo está prenhe de muitas coisas e o prazo de gestação desconhecido. Entrementes, de quando em vez põe para fora um filho seu gerado por todos nós, assim como as inundações no Sul do Brasil e a catástrofe de Angra dos Reis...
Hoje contracenam com o firmamento os nossos morros e montanhas repletos de casebres e também em alguns, invejáveis casas que desafiam a gravidade se vistas a olhos nus daqueles que sonharam morar perto de Deus. Já nas elevações rochosas que se postam à beira-mar construíram-se pousadas e mansões que agora se tornaram as principais vitimas dos deslizamentos e desmoronamentos provocados pelas chuvas e nesse segmento de profunda aflição há os que perderam tudo e aqueles que não conseguiram salvar própria vida... Nessas horas se falam muitas coisas e, fora o diagnostico do Greenpeace, o dos evangélicos para os quais tudo em si é pecado e em consonância tudo se explica pela ira de Deus contra os homens, esquecendo-se assim que a criação é eterna e continua como a vida e as perspectivas que se abrem são imensas, sobretudo quando comparadas ao estreito e desolador horizonte onde o materialismo encerra o homem ante os abismos do inconsciente desenvolvem-se em nós mesmos e mostra-nos o precipício de onde saímos e as alturas vertiginosas e inimagináveis as quais aspiramos. Encantados com essa imensidade e ao mesmo tempo apavorados diante da viagem a ser realizada nós desejamos não mais existir e, quem disse que o homem nasceu no fundo de uma onda nada sabe do imenso oceano que existe por trás de tudo isso...
E que viva então o espírito, que supera os vendavais e os deslizamentos porque ele é imortal!
Airton Gondim Feitosa