DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Quem "não aprende" agora tem Deficiência Intelectual.

Uns dos fatos que considero mais importante durante o reforço escolar, é a dificuldade de aprendizagem. Deparo com o alto índice de alunos com problemas de aprendizagem, principalmente por já ter levantado a hipótese de que isso ocorreria. É periferia da cidade.

Apesar de ser uma escola municipal que atende zona urbana e zona ruraL, tinha em mente que não seria tantos casos, mas são, e como são.

A escola se localiza em um local de alto índice de risco social, com um número elevado de marginalizados, excluídos e discriminados.

Por confiar no trabalho que poderia realizar ali, não diminui minhas expectativas e crença que conseguiria algum resultado positivo.

Perceber o quanto os/as alunos/as gostavam dos atendimentos e a felicidade com retornavam para suas classes, Já valia o dia.

Algumas professoras chegavam a mencionar que não entendiam o que eu fazia para que eles gostassem tanto das minha aulas.

Aprendi que ensinar vai muito além que apenas decodificar letras e símbolos matemáticos. Que muitas crianças possuem sérios problemas neurológicos, que são ignorados, ou desconhecidos, levando inclusive à frustração e desespero.

Querer trabalhar com essas crianças, infelizmente nem sempre é poder. Eu não possuo e maioria dos professores também não possuem os conhecimentos necessários para tal façanha. E como lidar com tais problemas? Buscar muito conhecimento, e aperfeiçoamento e novas técnicas de como lidar com essas crianças. E umas das mais extraordinárias coisas da minha vida, fui aprendida: estou no caminho certo, porque são aquelas crianças que quero ensinár. Aprendo muito com elas e para mim, ensinar é também achar o caminho que leva o ser a ser no mundo, a ser feliz e conseguir sorrir em meio tuoda essa turbulência diária.

São crianças são extremamente criativas e inteligentes, com sede de amor, carinho e mendigando um olhar que não os condene ao abandono na escola, na sala de aula e em nossas vidas, pelo fato de nascerem ali na periferia, na pobreza e em famílias desestruturadas.

É preciso amar o que se faz e acima de tudo acreditar que é possível ensinar e fazer com que estas crianças aprendam, e que se nós professores nos dispusermos a dar a eles uma chance de serem aceitas, mostrarão que são mesmo capazes de mudar o mundo .

Então "depende de nós se esse mundo ainda tem jeito".

Nsse estágio da minha vida, uma excelente oportunidade de mudança só ocorrerá de fato, se eu conseguir ajudar aos demais profissionais entenderem, que os problemas de aprendizagem nas escolas da periferia, também são decorrente do descaso e descrédito com que são tratados, os próprios profissionais, que atuam na escola.

Muitos deles são também desvalorizados e deixados a própria sorte, sem saber o que fazer com tantas crianças numa classe com todo tipo de necessidade, física, imtelectual e afetiva.

Foi uma tarefa árdua e em alguns momentos frustrante, desesperadoras.

Pude perceber minha importância e meu valor principalmente para aquelas crianças e alguns adolescentes com quem realizei o trabalho.

Vi que, profissionais que buscam mudanças, valorização e transformações na sociedade, são também discriminados tais como as crianças com quem trabalham.

Um trabalho com alfabeto móvel, jogos, quebra-cabeça, xadrez, arte, literatura infantil, música, psicomotricidade, e principalmente em motivação, elevação da autoestima, laços de afetividade e amor, só poderá levar à eficiência intelectual.