Crônica de um dia apenas...
A fila no banco estava insuportável,
e já estávamos nela por 1 hora...
hora essa que meu grande amor
conferia a cada momento no seu relógio
Mondaine...
que em seu fino pulso lhe
caía muito bem.
Nada como elegância.
Isso ela tinha.
No entanto, não se conformava
que depois
de editada uma lei que obrigava bancos
a dar atendimento
em no máximo 15 minutos...
tivéssemos que estar ali ainda, agora
por mais de 1 hora,
em pé, num ambiente acalorado,
porque de tanta gente se apinhando
nesse banco, nem o ar condicionado
estava dando conta...
Hoje ela parecida uma abelhinha...inquieta e
contrariando o que um inseto como esse jamais
faria...ou seja: reclamar do mal atendimento.
Olhando para mim ela se queixou... dizendo que
no outro banco, logo ali do outro lado, era pior
ainda, pois você poderia ficar uma hora e meia
na fila seguramente.
Nisso, uma discussão no guichê pagador...Um
sujeito alto e fortão estava já para se atracar com o
caixa, que impaciente lhe dizia que o sistema estava
fora do ar, e que ele não tinha culpa porque a culpa era
do sistema arrecadador do governo, que agia com
ineficiência no recolhimento de tal imposto.
E boca de cá e boca de lá....no final só se ouviram
resmungos e o altão saindo no bate
pé ...já que se pudesse daria um murro na
falta de capacidade de um governo que nem
seus impostos sabe recolher.
Ela e eu rimos...mas dava mesmo é vontade
de chorar de raiva.Para nós a ineficiência do governo
era risível,
justamente porque entendíamos que não se pode ir
contra o sistema...a não ser rindo.
Bem...essa ducha fria a gente tinha de tomar de
boca calada...mesmo.
Mas e a lei ? Hum...a lei ...ora a lei... rsrsr.
Quem fiscaliza a lei ? Ninguém.
Só gritamos nossos direitos constitucionais,
e como um eco ele se volta como um bumerangue...
ou seja: sobre nossas impacientes cabeças.
Bem...ela pagou finalmente suas contas, e
ainda,como por ironia, teve de esperar
eu pagar as minhas, rsrsr.
Saindo desse banco-sauna...nos sentimos
aliviados...Nada como ficar na fila 1 hora e
15 minutos...e cumprir a obrigação de bom
cidadão.Pagar contas no prazo é como se
livrar de uma sogra chata...dessas cri-cri,
rsrsr.
Ou em outras palavras: é um alívio mesmo.
Agora a batalha era a dos ônibus sempre lotados...
onde esmagamos as nossas vidas
inteiras desde o momento em que pisamos
num deles.
E como ainda nos amávamos...ela buscou
minha mão...e seguimos pelas ruas desta
imensa São Paulo...para uma nova aventura
que era viajar mais uma hora...como perfeitas
sardinhas...até sermos descarregados perto
de casa,aos solavancos...num ponto de ônibus
que acabara de ser destruído por vândalos...
Hum...finalmente chegamos ao lar doce lar...
onde invariavelmente éramos recebidos pela
sogra…por sorte ...maravilhosa, rsrs.
E agora, mal entramos em casa e pronto,terríveis
ventos, trovões e raios...
A energia balança...ameaça cair...e cai.
Pronto...agora sim... estamos bem arrumados !
Mas uma grande oportunidade romântica
se apresenta,
porque hoje o jantar será a velas...rsrs.
Vivaaaaaaaaa !!!!Humm... me dá um beijo
daqueles delícia amor...
Não, não,não...só depois da sobremesa...
Hum...mazinha...rsrs.
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Autor: Cássio Seagull
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Crônica que fiz em 11-01-10 às 20 h em SP
Lua minguante – chuvas fortes – 29 graus
Beijos e abraços para você ...Boa terça... =o=o=o=o=o=o=o=o=o=o=o=o=o=o=o=o=o=o=o
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