PERDÃO. REMISSÃO.

Livrar-se do cativeiro do pecado, perdão, remissão.

É necessário e possível remir, livrar-se definitivamente da prisão do “pecado em consciência” havendo remissão.

Pecamos e repetimos em consciência as faltas que reprovamos, nossas faltas.

Pecamos por “pensamentos, palavras e obras”. Nascemos com essa marca indelével e costumeira do pecado, da falta.

Por ação ou omissão pecamos. Se disso temos consciência é um bom passo, não um grande e redentor passo, apenas um razoável passo.

Não é em vão para quem tem consciência ela representar o maior tribunal.

Dele o consciente, quem tem consciência, não pode escapar.

Meu tribunal me cobra incessantemente a inação, a omissão pelo não-fazer, o que deixei de fazer, por conforto, para “não me aborrecer”, comodidade em não enfrentar obstáculos que trazem dissenções, e é bom de dizer, qual o móvel de tudo isso, uma certa indiferença por “achar” que algumas coisas nesse mundo são imodificáveis.

Pagamos o preço após se temos consciência.

Tenho pago esse preço para valores que pessoas podem ajuizar como “besteira”, não existir falta alguma, mas no meu tribunal é uma grande falta, a omissão, a inação, a falta de minha palavra quando tinha que ser ouvida como guerreira, a minha presença que não se fez e podia ser muito necessária, trazendo calor e conforto, a minha atuação que talvez fosse alegria a quem dela necessitasse.

Uma palavra, um acalento, presença. Como pecamos e quanto pecamos (!), nascemos e morreremos como pecadores natos, trouxemos seu sinal, do pecado, originalmente.

Para remir e merecer remissão é jornada de muitas estradas, caminho de muita renúncia, vereda de total aflição.

Todos pecamos imensamente, mas o perdão é dádiva como a vida, só Aquele que nos deu a vida pode nos dar o perdão se houver, ao menos, arrependimento, mesmo que estejamos sempre no lodaçal do pecado, a pecar por palavras, pensamentos e obras.

Ele pode nos conceder o perdão. Quem instituiu o arbítrio e nos apontou caminhos por perdermos a inocência quando provados para o bem ou para o mal, conhece sua obra e sua imperfeição como criação, apesar de criá-la a sua imagem e semelhança.

Essas imagem e semelhança estavam na origem limpa marcada pela posterior escolha.

Assim, por maior que seja nosso ou nossos pecados diante da nossa consciência, Deus saberá perdoar, existindo, repito, nosso arrependimento.

Dos meus pecados e principalmente da omissão de obrigações espero o perdão e, mais ainda, rogo que não peque mais por faltas decorrentes dessa inação, omissão, e que não se repitam tais condutas de não-fazer em qualquer sentido.

Que haja remissão !

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 12/01/2010
Código do texto: T2024938
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