FUTILIDADE...

Creio que a palavra da vez é futilidade. Em breve teremos na tevê brasileira um programa que arrasta multidões e devasta a moralidade e valores, faz com que o que é moral se torne amoral (e, por que não, imoral?).

Para as pessoas que assistem a tais programas futilidade é eufemismo, um apelido carinhoso. O pior de tudo é ter que ouvir comentários deste tipo de gente no setor de trabalho, nos corredores da escola e, ainda, das igrejas.

Muitos que se dizem crentes (servos ou cristãos) são tão levianos quanto os outros, pois deixam de alimentar-se da Palavra para ingerir tais imundícia.

É um show de músculos, bundas, sungas e biquínis, beijos, sexo, trapaças e, como se não bastasse, louvor e exaltação à homossexualidade, algo que vem crescendo na tevê brasileira pervertendo todo e qualquer bom costume, fazendo com que opiniões contrárias a esse tipo de vida sejam chamadas de preconceito.

Futilidade existe também no seio da igreja. Existem igrejas fúteis. Pois é, Jesus já havia dito que o joio cresceria com o trigo.

É comum encontrarmos pessoas ganhando a vida fazendo da fé um show. Outros que condenam a bruxaria, mas usa mesmos elementos: rosa branca, sal grosso... Outros são mais ousados, saqueiam igreja para montar outra, ancorados numa “visão” míope do que seja a vontade de Deus. E por que não falarmos daquela que se diz a primeira, entretanto tem práticas que engessa, engrada e cria intermediários para o acesso a Deus, que se tornou direto quando “o véu do templo se rasgou”?

Fúteis, também, são as lágrimas de governantes que as deixam correr na cara desavergonhada quando o país ganha a disputa para sediar a os jogos olímpicos, enquanto declara que poderia encerra naquele momento seu mandato, pois para ele isso já era uma grande vitória. Enquanto isso, não na sala de justiça, que está de férias, há muito, de nosso país, pessoas padecem um salário merreca, quando tem emprego, além das demais injustiças que são praticados pelos parlamentares (e demais corja de políticos corruptos).

Futilidade que não poderia faltar são as cotas em universidades públicas. Pensem na desleal disputa que há: onze anos estudando em escolas públicas, dividindo o tempo entre os estudos e o trabalho, afinal de conta o salário do pai não dá pra muita coisa, concorre às mesmas vagas dos engomadinhos que não sabem o que é paralisar os estudos por causa da greve dos professores. Estes por sua vez trabalham e recebem uma ou duas vezes por ano, como que se trabalhasse na agricultura, recebendo de acordo com a safra. Claro que esta já não é a realidade atual (dos professores, de alguns alunos continua), mas não muda muito. Enquanto isso os almofadinhas estudam em escolas particulares desde o maternal, no ensino médio todos os esforços estão centrados nos exames nacionais e vestibulares, e ainda vem com essa tal cota! Auto lá! Estudantes de escolas públicas não são desprovidos intelecto-cognitivamente. Tais sujeitos são vítimas de sistema educacional defasado, isso sim.

Nada de cotas. Igualdade de acesso, oportunidade e qualidade educacional.

Ah, ainda tem as cotas para negros. Na tentativa de apagar o passado escravocrata e racista, esmolam cotas em universidades públicas o que, a meu ver, é racismo disfarçado de caridade. Racismo que gera o conceito errôneo de que o negro é despojado de intelectualidade (no português brasileiro: burro! Perdoe-me a franqueza).

Bom, a lista não acaba, ao contrário, é maior que a BR 101, (tecer algum comentário sobre ela seria mais uma coisa fútil).

Continuando sobre as cotas, elas também serão destinadas aos homossexuais. Já não basta o estigma, agora mais um adjetivo: burrinha ou burrérrima, como queiram.

Penso que quando meu filho estiver na idade de ingressar na universidade teremos que: pagar faculdade particular ou exigir cota, se não existir, pois creio que será a melhor pedida, para quem for branco, heterossexual, cristão, evangélico, trabalhador, descendente de assalariado...

Para concluir, você pode chamar meu texto de fútil, aceitarei sua fútil opinião.