QUANDO A GRAMA E OS COQUEIROS FICARAM AZUIS
 
 


E não foram só eles não: a rede que era verde ficou azul e a louça da casa amarelou. Branquinha, branquinha permanece a casa.

 
Aí eu perguntei para o espelho: hei, quem ficou dautônico, os meus olhos ou o meu coração?
 
O teu coração, estúpida! – respondeu o espelho.

Menos mal, se estou enxergando via coração tudo “azul” , esta descoberta me enche de alegria; sinal que o meu “paraíso” aos poucos está voltando ao normal; já me é agradável acordar com o trinado dos bentivis e o barulho das ondas já não incomoda aos ouvidos nem me traz recordações carregadas de melancolia. Já posso acordar na noite sem medo de fantasmas e se lembranças me assaltam diz respeito a pessoas amadas com quem reparto os meus momentos alegres, umas tão perto de mim que posso olhar nos olhos. Outras distantes. Mas as suas palavras, como as que acabo de ouvir via celular me desejando dias ótimos com chuva ou com sol neste pedacinho de céu onde me encontro sem direito,quase sempre , a comunicação via internet , por que o modem teima em não captar o sinal do satélite.

 
Mas, aqui pra nós, tá dando pra viver sem o tal do computador, por quanto tempo não sei.
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 11/01/2010
Reeditado em 11/01/2010
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