O pão francês - (5 da série Meu Blog)

Quando aquele pão apareceu no pedaço, nossa! a mulherada ficou ouriçada. Essa Débora Bloch, hein?... Primeiro, Olivier Anquier abriu a ‘casa de pães’, eu fui lá, era tudo muito chique e muito caro... Depois, por sorte, os pãezinhos passaram a ser vendidos no supermercado. Se não me engano, de hora em hora saía uma fornada. Eram até engraçadas as conversas na fila, não dava pra saber o que era verdadeiro, se as mulheres estavam ali por causa do pão ou do padeiro...

Um dia houve um ti-ti-ti na escola, os filhos deles estavam matriculados! Lá no Maternal e como não era a minha área, nunca os vi, nem mãe nem pai. Numa ocasião, porém, na festa do ‘quatorze juillet’ apinhada de gente, arranjei um lugarzinho perto do bar. E por ali tinha um homem que não parava de entrar e sair com travessas de petiscos e a cada vez que passava, pedia licença pra mim. Eu me encolhia, ele ia. Quando voltava, eu dava passagem. E assim foi, eu bebericando, ele indo e vindo. Distraída que estava com a festa, demorei a reparar. Só muito tempo depois é que percebi: Olivier Anquier! Ai meu Deus, que vontade de conversar! Mas ele não parava de trabalhar...

Mais tarde soube que ele se tornou chef e além do mais, televisivo. Assisti por acaso o dia em que ele fez omelete. ‘Por acaso’ acrescentei um segredinho dele à minha receita que, por intuição, já era diferente da brasileira corriqueira... Ficou muito boa. Qualquer hora eu conto pra vocês...

Em seu programa, ele também viaja num fusquinha pelo interior, mostrando fogões de lenha, entrevistando gente que faz comidas típicas à moda tradicional. Parece bastante entusiasmado com a culinária nacional.

Quem sabe um dia ele venha a ler este Meu Blog e resolva aparecer por aqui... Já Pensou?

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‘Quatorze juillet’ – 14 de julho – a maior festa nacional da França, comemorada não somente lá, mas onde quer que haja franceses no mundo.