ESPELHO, ESPELHO MEU...
Clarissa escolhia suas amizades como quem guarda tesouros. Não tinha muitos amigos. Dois para ser exata. E nunca desejou mais do que isto.
O que eles tinham em comum? Não se impressionavam com ela, principalmente após ficar famosa com programas na televisão. Ao lado deles era apenas uma pessoa como outra qualquer. E aquele sentimento a fazia pensar a vida e as coisas com mais clareza.
Pedro era o amigo mais antigo e a distância emocional entre os dois, milimétrica. Naquela noite, durante o jantar, conversaram sobre uma idéia para a próxima história:
- Imagina, isso, Pedro! Alguém tão solitário que, de repente, encontra uma pessoa muito inteligente e passam a conversar. O personagem solitário exclama: " - Você ficou pensativo!". E o outro responde: " - Não me contenho! Eu penso!".
Pedro sorriu e retrucou:
- Esta história seria mais engraçada se o diálogo da personagem fosse consigo mesma, através do espelho. Ela acredita ser tão inteligente que só a própria companhia a faria feliz!
- Ah! Não vale! Você sempre me faz sentir que devo reescrever a história da Branca de Neve!
- Como assim? Reescrever?
- Claro! Na minha versão, intitulada "Pedro Polar", a madrasta malvada perguntaria ao espelho mágico congelado: "- espelho, espelho meu, existe alguém mais inteligente do que eu?". Tudo seria o paraíso até o dia que o espelho respondesse: "- sim, Madame Gélida, Pedro Polar é mais inteligente!".
A gargalhada do amigo antecedeu o troco:
- Clarissa, sabe o que você precisa?
- Só tenho direito a uma opção?
- Casar!
Clarissa fez uma careta engraçada, como se tivesse conquistado algo muito importante:
- Madame Gélida acaba de recuperar o posto de mais inteligente!
(*) IMAGEM: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net
Clarissa escolhia suas amizades como quem guarda tesouros. Não tinha muitos amigos. Dois para ser exata. E nunca desejou mais do que isto.
O que eles tinham em comum? Não se impressionavam com ela, principalmente após ficar famosa com programas na televisão. Ao lado deles era apenas uma pessoa como outra qualquer. E aquele sentimento a fazia pensar a vida e as coisas com mais clareza.
Pedro era o amigo mais antigo e a distância emocional entre os dois, milimétrica. Naquela noite, durante o jantar, conversaram sobre uma idéia para a próxima história:
- Imagina, isso, Pedro! Alguém tão solitário que, de repente, encontra uma pessoa muito inteligente e passam a conversar. O personagem solitário exclama: " - Você ficou pensativo!". E o outro responde: " - Não me contenho! Eu penso!".
Pedro sorriu e retrucou:
- Esta história seria mais engraçada se o diálogo da personagem fosse consigo mesma, através do espelho. Ela acredita ser tão inteligente que só a própria companhia a faria feliz!
- Ah! Não vale! Você sempre me faz sentir que devo reescrever a história da Branca de Neve!
- Como assim? Reescrever?
- Claro! Na minha versão, intitulada "Pedro Polar", a madrasta malvada perguntaria ao espelho mágico congelado: "- espelho, espelho meu, existe alguém mais inteligente do que eu?". Tudo seria o paraíso até o dia que o espelho respondesse: "- sim, Madame Gélida, Pedro Polar é mais inteligente!".
A gargalhada do amigo antecedeu o troco:
- Clarissa, sabe o que você precisa?
- Só tenho direito a uma opção?
- Casar!
Clarissa fez uma careta engraçada, como se tivesse conquistado algo muito importante:
- Madame Gélida acaba de recuperar o posto de mais inteligente!
(*) IMAGEM: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net