QUEM SOU EU? QUEM É VOCÊ? QUEM SOMOS NÓS?
QUEM SOU EU, QUEM É VOCÊ, QUEM SOMOS NÓS?
Quem pode responder o irrespondível?
Ninguém se submete a tribunal próprio, julgado e julgador.
Se somos o que pensamos ser, não somos, ninguém pode ser juiz de si mesmo, contrariedade ao senso de justiça, de declaraçaõ da verdade, e quem pensa ser o que não é, nunca foi.
Estamos diante do não ser. E o não ser esvazia o existir?
Existir sem ser mata a realidade e faz extinguir a virtude de estar habitando a correção, núcleo de poder ser sendo, sendo verdade e realismo.
Só o reconhecimento em ser, tendo sido, faz a verdade encontrar a realidade, sem sombras ou deficiências de imagem do que é. Aí está o " quem é você", " quem somos nós".
Nunca em nosso tribunal pessoal, unilateral.
O que é, a verdade em ser que se opõe ao não-ser imaginado, não recua em posições questionadas, explica antes de sofismar, rebate com sabedoria e não foge ao que retrata a certeza de ser o que se é, seja lá o que se foi ou se é.
Dificilmente se chega ao ser raso de culpas ou fechado às indagações.
O ser que é, não foge jamais ao centro das verdadeiras emoções, nem se furta a expor-se ao sol das verdades que definem a realidade sem caricaturas.
Muitos colorem uma “bela calamidade” que é sua própria imagem, mas tiram dela felicidades e alegrias.
Quem sou eu, quem é você, quem somos nós?
Nossa jornada dirá, longe da química cerebral impulsionada por nosso coração, berço do sentimento movimentado pela vontade.
Veremos assim, finda a jornada, nossa complacência com nós mesmos, da qual a consciência, exclusivo e majestático tribunal, não pode fugir, pois se é possível fugir das leis e dos tribunais externos, não podemos fugir de nós mesmos