QUEM SOU EU? QUEM É VOCÊ? QUEM SOMOS NÓS?

QUEM SOU EU, QUEM É VOCÊ, QUEM SOMOS NÓS?

Quem pode responder o irrespondível?

Ninguém se submete a tribunal próprio, julgado e julgador.

Se somos o que pensamos ser, não somos, ninguém pode ser juiz de si mesmo, contrariedade ao senso de justiça, de declaraçaõ da verdade, e quem pensa ser o que não é, nunca foi.

Estamos diante do não ser. E o não ser esvazia o existir?

Existir sem ser mata a realidade e faz extinguir a virtude de estar habitando a correção, núcleo de poder ser sendo, sendo verdade e realismo.

Só o reconhecimento em ser, tendo sido, faz a verdade encontrar a realidade, sem sombras ou deficiências de imagem do que é. Aí está o " quem é você", " quem somos nós".

Nunca em nosso tribunal pessoal, unilateral.

O que é, a verdade em ser que se opõe ao não-ser imaginado, não recua em posições questionadas, explica antes de sofismar, rebate com sabedoria e não foge ao que retrata a certeza de ser o que se é, seja lá o que se foi ou se é.

Dificilmente se chega ao ser raso de culpas ou fechado às indagações.

O ser que é, não foge jamais ao centro das verdadeiras emoções, nem se furta a expor-se ao sol das verdades que definem a realidade sem caricaturas.

Muitos colorem uma “bela calamidade” que é sua própria imagem, mas tiram dela felicidades e alegrias.

Quem sou eu, quem é você, quem somos nós?

Nossa jornada dirá, longe da química cerebral impulsionada por nosso coração, berço do sentimento movimentado pela vontade.

Veremos assim, finda a jornada, nossa complacência com nós mesmos, da qual a consciência, exclusivo e majestático tribunal, não pode fugir, pois se é possível fugir das leis e dos tribunais externos, não podemos fugir de nós mesmos

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 08/01/2010
Código do texto: T2017797
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