RESPOSTA
É assunto diário nos meios de comunicação. Sul e Sudeste sofrem com as enxurradas. A violência dos elementos da natureza é chocante. No interior do Rio Grande do Sul, próximo a Santa Maria, uma ponte ruiu. O nível do rio Jacuí subiu tanto que a ponte não resistiu à violência das águas. Muitos mortos. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros ainda procuram pelos corpos. A chuva, quase ininterrupta, prejudica as buscas. Esse é apenas um, entre inúmeros casos, que as chuvas torrenciais provocaram. Desmoronamentos ocorrem, especialmente em cidades litorâneas, como Angra dos Reis.
"Quem semeia vento, colhe tempestade", diz o ditado popular. E, infelizmente, parece que está se concretizando um circo de horrores. A natureza, revoltada, devolve ao homem as consequências de anos e anos de descaso. Queimadas, desmatamentos, poluição atmosférica. É o retorno da falta de carinho com a Mãe-Terra. Que chegou ao seu limite de saturação e responde de maneira terrível aos desmandos do ser humano.
Até quando irão esses desastres? Até que ponto o homem tem condições para se proteger agora? Como reverter essa situação e evitar mais catástrofes? Será possível, ainda, salvar nosso Planeta?
São perguntas que devem estar se fazendo todos os homens no momento que veem, na prática, aquilo que, há muito tempo, nos vem através de avisos e previsões. E os inconsequentes (ir)responsáveis pelo que ocorre hoje, com certeza não imaginavam que seus atos danosos teriam resposta ainda neste século. Com certeza, pensavam que nada aconteceria ou, se acontecesse, seria muitos séculos à frente. E hoje, todos sofrem. E, de alguma forma, todos nós temos uma parcela de culpa. Seja contribuindo com lixos que sujam as ruas e entopem os bueiros, seja lançando lixo industrial nos rios, derramando óleo nos mares, fazendo queimadas, desmatando, construindo casas em terrenos acidentados.
Quanta dor! Quanto sofrimento! Quanta tragédia poderia ser evitada se o homem agisse com respeito às coisas que a natureza, tão bondosamente e de graça, lhe oferta! Mas, dono do mundo, rei da terra, dos mares, da atmosfera, a espécie humana corre, agora, o risco de perder a majestade.
Talvez tenha chegado a hora de crermos mais, de sabermos que existe um Poder Superior. Que a Terra faz parte da grande orquestra do Universo. E que essa orquestra necessita de todos os instrumentos afinados, para executar, harmoniosamente, a sinfonia do amor universal.