Tempo de Paz
Na minha busca pela paz, encontrei corpos mutilados, deixados ao relento ou espalhados por entre ruas e vielas, denunciando a ação de uma violência incontida.
Encontrei mães debruçadas sobre a dor, inconsoláveis pela morte de seus filhos e filhas, amparadas por outras mulheres e homens, companheiros unidos pela dor e pelo sofrimento.
Abracei crianças órfãs, desprotegidas e violadas no direito da convivência com seus pais, vítimas que foram de uma guerra sem fim, de conflitos ferozes e sangrentos.
Atônito, vi muitos horrores e um mundo infectado pela discórdia, pelo ódio descontrolado, por um sentimento de intolerância, por tragédias sem hora marcada.
Assisti nações lutando por poder, travando lutas intermináveis, dizimando uma população que clama pelo fim das tréguas enquanto recolhe os corpos e chora pelos seus mortos.
Na minha incansável busca pela paz, senti a necessidade urgente da fraternidade, do exercício do perdão e da prática do amor.
É preciso haver mais amor entre a humanidade. Só o amor constrói. Sem amor, não há como ter paz.