Rio de Janeiro - Duas Ruas
Gosto muito de ir ao Centro do Rio, a parte mais velhinha. Visito os Centros Culturais do Banco do Brasil e da Marinha. Vou dar uma olhadinha no chamado "açougue dos Bragança"-onde, conta a história, foi travada uma luta, pelos nossos tesouros, quando da volta da Família Real a Portugal -, na Igreja da Candelária - que foi doada por um casal salvo de uma tempestade no mar, pelo seu simbolismo não foi demolida; ficou de costas para a Avenida, mas de frente para o mar.
Seguindo, observo os prédios recuperados como quando foram construídos - os estilos requintados da época permanecem aguçando o desejo de conhecer suas histórias -.
Retorno a pé pela Rua 1ºde Março até a Praça 15 de Novembro observando o Beco dos Barbeiros - onde escravos, conduzidos por seus senhores, cortavam os cabelos dos outros senhores que não tinham escravos com essas habilidades -, o local onde a família real desembarcou, as Igrejas com particularidades e interiores fantásticos.
Meu Rio de Janeiro é bem assim, um Museu a céu aberto, com fatos e histórias fantásticas... É a memória viva de nossos ancestrais esparramada por qualquer cantinho de calçada... de rua... de prédio...
(Maria Emília)