Jubilosa flor
Jubilosa flor que corre dos espinhos, assombrada com o furar, pára um pouco e toma água, entenda caro instante, os que costumam ter sempre o sim se aborrecem quando recebem sempre o não, pois o não... não... não... É mesmo que tirar o pirulito da boca do adulto que virou criancinha, é bom não dizer sim para anjinho tortinho, esse que ficou de castigo por tanto mentir e que insiste em querer ser verdade, será que conheceu o inferninho do não? Ou se tornou uma fogueirinha que queima as pestanas? Corre jubilosa flor... enfeita com tuas pétalas o caminho que cruzas. E num é que a jubilosa flor correu... Morrendo de ri, só parou para tomar água na casa de Zéfiní, nem demorou muito... Na estrada se deparou outra vez com o anjinho tortinho atrás de outro sim, e o que recebeu foi outro não. Não reclama anjo, você vai brigar com uma rosa que acabou de tomar água? Fica com meu tchau que eu ficarei com as tuas asas, pois de tão preso a terra tu esquecestes que sabias voar. (Alane Ramos)