Saudades da breguice indiana
Um livro, um filme, uma novela de TV são obras que possuem vários aspectos sujeitos à observações, análises, críticas... Porém, a grande maioria do público-alvo prefere curtir as estórias sem preocupações típicas da mídia especializada. Não obstante, quando as estórias exageram na carga em qualquer dos aspectos de sua narrativa, este público consumidor “sente” que algo está “errado” podendo vir a se desinteressar pelo desenrolar da trama. Neste caso eu estou me referindo a uma novela de TV. Não bastasse o jeitão arrastado, aonde os personagens quase que só mostram o que têm de pior, e nas belas, porém quase sempre bucólicas fotografias, a novela “Viver a Vida” quem sabe deveria se chamar “Sofrer a Vida”. Não é que conseguiram arranjar um pesadelo para a única personagem mais arejada, a da Giovanna Antonelli, eliminando qualquer chance de um “allegro” em meio a tanto drama. Gêmeos que não se dão, moça viciada em álcool, mulher amarga pela separação, irmã ciumenta de caráter duvidoso da moça mimada e histérica que virou tetraplégica. Um folhetim-tragédia de embrulhar ainda mais o estômago de quem já viu a tragédia real no Jornal Nacional. A qualidade técnica em high-definition e o requinte monótono de Jaime Monjardim a serviço do suspense de subseqüentes cenas de clima ruim.
Um desconforto!