DEUS E O BIG BANG. COMO COMEÇOU O MUNDO?

“Deus não joga dados”, proclamava Einstein recusando o princípio da incerteza.

Isac Newton, que acreditava em Deus, escreveu mais sobre a interpretação bíblica do que sobre a física e a matemática.

Um dos maiores cientistas de nossa época, Francis Collins, que mapeou o genoma, em seu “best-seller” “A Linguagem de Deus” revela:

“Deus nos sussurra em nossos prazeres, fala em nossa consciência, mas grita em nosso sofrimento”.

Essa é a verdade que não cala, grita. É nesse estágio do sentimento que mais se aprende sobre nós mesmos, enfim, sobre Deus e nossa presença no universo.

E assim se mostram os caminhos que sempre estarão plenos de indagação para oferecer as alternativas até onde iremos nessa busca constante e insistente do que somos, de onde viemos e para onde vamos.

Como ensina Collins, “outra caracteristica notável do genoma humano vem da comparação diferente de membros da nossa espécie. No nível do DNA somos todos 99,9% idênticos”.

Isso é fantástico e nos prova que somos todos uma e a mesma coisa, fincados no princípio da ancestralidade; e somos únicos com essa característica. Essa reduzida diversidade nos coloca diante de outras espécies que se mostram de dez a cinquenta vezes diferentes da nossa.

É a vida inteligente que se forja no nominado pensamento, na alma, exclusiva na criatura soberana do planeta, o ser humano.

Todos os componentes de nosso grupo em torno de dez mil iniciantes viveu há cerca de 100 a cento e cinquenta mil anos.

E como tudo começou? Não se pode fazer afirmações definitivas sobre o desconhecido. Sob esse aspecto o discutido Dawkins, que esteve entre nós, falha ao afirmar que a ciência “obriga ao ateísmo”, pois se Deus se acha fora da natureza a ciência não pode confirmar ou não sua existência.

Isso é pacífico e meridiano.O ateísmo é portanto uma fé sem sustentação, com cegueira calculada, indemonstrável que é a inexistência de Deus por qualquer meio racional.

Se face à racionalidade peca o criacionismo, peca também o evolucionismo, e este não é um pecadilho por negar a bondade que surge do direito de ordem natural.

Só atualmente sabemos que o universo tem quatorze bilhões de anos. Cem anos atrás não se sabia nem mesmo a idade do planeta. Neste passo indaga em seu magistral livro Collins:

“O que veio antes do Big Bang?” E responde: “A existência do Big Bang (explosão) suplica por uma pergunta sobre o que veio antes e quem ou o quê foi o responsável. Na certa isso demonstra os limites da ciência como nenhum outro fenômeno. As teorias da origem do Big Bang para a teologia são profundas. Para as tradições da fé, de acordo com as quais o universo foi criado por Deus a partir do nada (ex nihilo), eis um resultado eletrizante. Será que um evento impactante como o Big Bang se encaixa na definição de um milagre?”

Quem é o ateísta Dawkins perto de Francis S. Collins, mapeador do genoma, a maior descoberta contemporânea e que será conhecido e festejado na posteridade como um ícone da ciência em todos os tempos, um dos maiores de todas as épocas?

Não será nada mais do que um daqueles que se inseriram na procissão da dúvida ateísta sem nada poderem provar quanto à inexistência de Deus, a Primeira Força, O Motus Imobilis, o Actus Purus. Restará desconhecido como tantos outros.

Collins terá sempre o nome gravado na posteridade como um dos mais importantes cientistas já nascidos.

Se nada se pode provar a favor da existência através da razão, da ciência, nada também se prova em sentido contrário.

Respeitar sem atacar, como se crença em Deus fosse “varíola”, é no mínimo deseducado, muito mais por quem “seria” cientista.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 04/01/2010
Reeditado em 30/06/2010
Código do texto: T2010778
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