Eu canto e o porquê de Bandolins

Amo música. Não, não canto; desafino, saio do tom, mas acreditem, sou apaixonadamente musical. Ouvi de um professor de música que qualquer pessoa pode aprender a cantar e, desde então, estou reunindo coragem para desafiá-lo: se conseguir fazer com que eu cante minimamente bem...não, bem é pedir demais: minimamente suportável, iniciarei a campanha, levantarei a bandeira “CANTEMOS, POBRES DESAFINADOS”!

Mas, voltando das divagações, vício incorrigível, eu amo música; fico extasiada com as letras, melodia, rítimo. A letra me apaixona; memorizo, interpreto, analiso, sem sequer ter consciência disso. Definitivamente, invade meus pensamentos e, sem que perceba o caminho que ela tomou para me envolver, descubro um sorriso, uma emoção, choro, tudo numa avalanche que faz com que me sinta viva e de cara para o mundo.

Já a dança, faz parte de mim; danço sem o menor conhecimento técnico, impossível de adquirir com apenas dois anos de balé. Sinto que os passos, o movimento, cadência, encontraram-me e reconheceram-me muito antes que eu mesma pudesse ver-me. E, quando danço, a vida, o mundo são perfeitos; o riso, o prazer, a alegria expulsam a tragédia, a tristeza. Ouve-se apenas a música que cala a sonoridade desagradável e os movimentos caóticos e desesperados que nos rodeiam.

Daí BANDOLINS, que reúne tudo isso, embala, impulsiona e faz com que queira cantar, além de dançar, valsando como valsa uma criança...

Lívia Where
Enviado por Lívia Where em 04/01/2010
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