...AS PALAVRAS QUE SE PERDEM NA TIMIDEZ...
Pensamentos confusos pela ausência de voz quando se tinha muita disposição para falar. Guerra de nervos ocorrendo num único e maravilhoso universo antes harmonioso. As unhas estão roídas pela presença a luz. Joelhos que já não parecem poder sustentar o peso daquele corpo tão leve antes da inundação de sonhos. Ao redor nada parece existir além daquela pequena manifestação de movimentos vindos do esqueleto feminino que abriga o corpo e alma mais valioso aos olhos de quem silencia por não saber o que dizer. A lua rivaliza com sua fraca luminosidade e grande imagem romântica. Eu continuo vivendo sob constante ameaça das frases que ficam presas na garganta. O silêncio não me preocupa, o que parece perigoso são as frases que me escapam e que te roubam sorrisos quando eu perco a razão pela alegria de dividir longos minutos. Eu já derrubei a parede de pedras inexistentes ao redor da alma, eu já limpei a neblina quente que atrapalhava a visão, mas não sei explicar sobre esses obstáculos que não deixam me aproximar. penso que é apenas mais um período que vai passar, que vai ficar pra trás, pois nem todo período de chuvas é só tristeza, mas é preciso estar preparado para quando a força interior desabar. Hoje já tenho uma porção de abraços para me proteger e sei que amanhã a vida vai brilhar outra vez quando finalmente eu falar tudo o que não se pode guardar.