O RIO CHORA MAIS UMA VEZ

Mais um vez o Rio de Janeiro é vítima de uma grande tragédia. E, justamente, no reveillon. No momento festivo, quando todos se confraternizavam por mais um ano vivido e pelas esperanças renovadas, bem perto dali, dezenas de pessoas viviam momentos de grande sofrimento e dor. Por causa de um deslizamento de terra, dezenas de pessoas tiveram suas vidas tiradas precocemente. É, a dor e a alegria andam de mãos dadas. São faces de uma mesma moeda. E nós sabemos que essa moeda está continuamente girando e, de vez em quando, a dor mostra a sua face. Não há como fugir disso. Todos nós, mais cedo ou mais tarde, provaremos desse cálice. Quantos sonhos interrompidos. Quantos projetos adiados. Quantas famílias desfalcadas de seus membros. E, o pior de tudo, é que tudo se deu em um momento festivo. Puxa, como devem estar sofrendo as famílias cujos membros foram-lhes arrancados do seu convívio. Como viver com essa nova realidade? Não há resposta de Deus para o sofrimento do homem. No entanto, eu tenho convicção de que Ele não tem prazer no sofrimento do homem. Desejo, sinceramente, que essas famílias encontrem forças para se reerguerem. Para reconstruirem os alicerces de suas existências. Para os que perderam seus entes queridos, resta a esperança de que todas as coisas cooperam para bem. Sim, ainda que doa, no final, tudo se transforma em bênçãos, pois Deus não tem prazer em nosso sofrimento. Tenham fé, pois Deus não os abandoná.