VIAGEM

Flores no caminho que leva à floresta. Uma clareira de flores silvestres, sobre o manto verde e refrescante da vegetação rasteira. Musgo esverdeado, espalhando um cheiro de mato, entrando pelas narinas. O som de um riacho, não muito longe, orienta o caminhar. Um bosque de arbustos com galhos retorcidos, lembrando meus balanços de infância. Uma parada para alegrar os olhos no colorido das rosas agrestes, perdidas em meio à vegetação luxuriante. Deitar na relva, olhando o firmamento, que se distingue nas partes abertas entre as árvores. Curtir o som da catarata que, ao longe, se escuta.

Relaxar os músculos cansados, deixar o estresse evaporar com a sinfonia dos passarinhos. De vez em quando, um bando deles passa por sobre minha cabeça, sem medo do ser imóvel que ali está. Alimentar a alma com as energias renovadoras da mãe-natureza. Dormir. E sonhar. Levitar por sobre as árvores centenárias, qual anjo sentindo a brisa nos cabelos.

Hora de voltar. Corpo renovado. Alma fortalecida. Não foi real. Não foi um sonho. Foi o pensamento que viajou. Uma viagem revigorante, barata, que não durou mais do que dez minutos. A mente humana tem dessas coisas. É só saber aproveitar todas as potencialidades que ela nos oferece. Com uma vantagem: o pensamento não cobra passagem nem de ida, nem de volta. É um pacote de viagem gratuito, à disposição de quem quiser.

Voltei. A rotina me espera...

Giustina
Enviado por Giustina em 02/01/2010
Reeditado em 13/01/2014
Código do texto: T2007835
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