RÉVEILLON (A FESTA DOS DESTINOS)

Em quase todos os pontos do planeta na virada do ano é festa, seja em Bangladesh, na China, Paquistão, na Europa, Rio de Janeiro, Belém do Pará, de Judá ou de qualquer lugar.

As luzes, os fogos, a alegria se fez presente nos quatro cantos, todavia o que significa essa euforia? Seria o desejo constante latente nos corações daqueles que nunca perdem a esperança, porém esperança de que?

Na tão conhecida música “Adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize no ano que vai nascer, muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender...” cantamos os nossos votos de realizações pessoais.

Ainda noutra música cantada por muitos “Como será o amanhã, responda quem souber/ o que irá me acontecer, o meu destino será...”... Será como?

Quem poderia ler no livro da vida o que estará reservado para cada indivíduo?

Os episódios que aconteceram nesse fim de ano nos deixaram perplexos, tamanha a força das "águas que seriam de março fechando o verão e a promessa de vida no coração" daqueles que estavam na cidade de Angra dos Reis para comemorar o espetáculo do réveillon. Os sonhos, as expectativas, as metas caíram por terra numa avalanche escorrida pela chuva que vinha dos céus.

Por outro lado, num estado de gritos de felicidade, nos céus de Copacabana, presenciamos um cenário de luzes e cores cinematográficas, iluminado não somente pelos holofotes dos artistas que ali se apresentavam, mas também pela beleza da lua cheia, cheia de encantos que se fazia brilhar e alimentar os votos e promessas de todo tipo de todos ali presente.

Nesse 31 de dezembro,eu e Adi, tínhamos como desejo passar a festa de ano novo naquela cidade, mais especificamente no exato local onde aconteceu tamanha catástrofe. Na quarta feira seguimos em viagem até o centro da cidade de Angra, passeamos, fizemos fotos, almoçamos e dali tínhamos o objetivo de conhecermos as belas praias de Ilha Grande, porém durante o forte temporal que despencou, resolvemos tomar banho de chuva, como duas crianças incautas e deixamos a travessia para aquele paraíso para uma outra oportunidade.

Na estrada de retorno para o Rio de Janeiro, deparamo-nos com um aguaceiro que escorria das montanhas e atravessava as pistas, dando-nos a entender de que estávamos navegando em alto mar, por alguns instantes, tivemos a impressão que poderíamos estar envolvidos numa cena onde somente o “acaso” poderia nos proteger enquanto estivemos distraídos.

Como será o meu amanhã...? humm... A viagem para o paraíso das praias das águas azuis ficou para mais tarde, assim como a grande Viagem de volta para a capital da eternidade, também ficou para outro momento, só posso dizer que o Diretor geral da grande novela da vida assim o quis. Quanto ao meu destino, como escultor e eterno peregrino que sou, fico por aqui a desenvolver cada passo, desatando cada laço e interpretando o meu papel da melhor forma como protagonista da minha história que escrevi lá atrás nos bastidores do mundo maior.

“Esse ano quero paz no meu coração, quem quiser ser meu amigo que me dê a mão...” e que venham as venturas, porque as minhas aventuras só poderei ler nas cenas dos próximos capítulos que já estão escritas, mas que ainda virão.

PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS)

01/01/2010

- Letras das músicas: Como será o amanhã? (João Sérgio)

O acaso vai nos proteger (Sérgio Brito)

Esse ano, quero paz.. (Roberto Pera e Flecha)

Águas de março (Tom Jobim)