O novo ano
De vagar,quási sem ninguém dar por isso,continuamos a assistir,ao longo do dia,a festas fabulosas que deslumbram,e assustam também.
Deslumbram pela magnificência,assustam pelo conteudo.
Se por um lado assistimos a todo esse fausto,que ninguém contesta nem discute,vemos ao lado a miséria absoluta de milhares de seres que, apenas desejariam ter um pouco de pão, um pouco de carinho, que ameniza-se o ser existir desventurado.
E aqui a razão deste pequeno comentário. Se houvesse um pouco menos de egoismo, e um pooco mais de fraternidade, pois as festas poderiam ter a mesma magnificiencia, o mesmo deslumbramento, um pouco menos de vaidade, poderiam ter tudo isso, em nada deslustraria quem as faz, e quem se delicia com elas.Se ao mesmo tempo, um bocadinho dessas despesas fabulosas, fosse desviada para aqueles que nada têm, que tudo esperam,e que neste dia apenas precisavam de um pouco de pão. Ninguém daria conta, ninguém daria ,ou a ninguém deveria interessar que, umas quantas garrafas de champanhe, ficassem menos vazias, que iguarias fossem desperdiçadas
e deitadas para o lixo,no dia que vem. Mas aqueles que prercisam,dariam graças a Deus, por-que gastos superfluos, ficassem menos superfluos, continuariam a ser sumptuosos,e sem ninguém dar por isso fossem amenizar a existencia dos que necessitam. Será pedir muito. Não não é.A esta civilização de consumismo de ostentação, de luxúria, pecaminosa até, estará reservado o mesmo fim, que ao então glorioso Império Romano, ou recuando mais no tempo á decadente Pompeia? Acredito piamente que não.