E o amor ?
Ontem logo após o banho, e horas a fio de leitura. Comecei um livro novo, já li 58 páginas do mesmo(Somente em três horas). Fui acometido por uma amiga em prantos, lamentado um fim precoce e esperado, ainda que não desejado. Não tenho frases prontas para todos, inda que sinta um "dejavú" em determinadas situações. Não vi amores arrebatadores, não creio em nada que nos tire a razão, tão pouco vejo-me ao lado de alguém até o fim da vida.
Mas como a vida tem seus trejeitos, gosto de mandar flores, gosto de acreditar que sentimentos duram para sempre, assim como me acabo com chocolate e sorvete em frente a tv assistindo comédia romântica ou até mesmo romances que parecem deixar resquícios doces e preguentos na tela da tv, no controle do dvd, até mesmo no visor óptico do mesmo. Contraditório você diria. Ora, e viver não é uma contradição?
Enquanto assim creio, pinto amor somente em poemas avelhentados, em versos que não termino, em dores que sofro, ora invento, assim sofro, ora escrevo. Tenho o meu amor, o qual amo, á mim nada é melhor, mais importante ou presente que o mesmo. Não relato tudo que sinto, não gosto de detalhes(esse teclado está com um pinguinho de café).
Por mais impróprio que seja o amar nos dias em que vivemos, onde tudo é tão falso, superficial, desprovido de responsabilidade. Afinal, procuram namorados(as) na tv. Corpos malhados, cabelos arrepiados, vestidos curtos e cabeleireiros em extase. (Beijam, saem, transam amanhã vão encontrar nas festas, baladas, raves e vão fingir que não se conhecem, de fato não se conhecem, jamais hão-de se conhecer).
Ainda sou amante do amor antigo, que vela, que ama, logo respeita, que sofre, mas se o faz é sem causar dor ao ser amado, tão pouco culpa por não amar. Ainda creio que o que é verdadeiro dura, e o que é, será. Tal coisa independe ao tempo, a beleza, ao currículo, ao grau de escolaridade. Apesar de viver num mundo que grita e impõe que sejamos iguais em tudo. Ainda creio que indivíduos existem, basta que se enxerguem como tal. São as peculiaridades que causam o amor, a semelhanças, causam somente empatia. A impontualidade é que faz do amor esta raposa. O mundo evolui, desenvolve, finda, renasce e todos, inda que machucados e repletos de receios ainda buscam o mesmo ensejo: Amar somente.
Talvez agora você me pergunte: - Mas e sua amiga que lamentava o amor acabado, melhor, o ser amado fugido?
- Ora, eles voltaram.