EU TINHA UM SONHO...

Eu tinha um sonho. E ele se desfez. Golpe fatal que me jogou nas trevas e anulou minha esperança. Meu sonho foi ninado, acarinhado e o tempo que durou, quando real, não compensou. Porque chegou com a noite e se foi com o alvorecer. Meu sonho se desfez como a noite. E enquanto o sol surgia, minha alma enegrecia. Meu sonho desfeito apagou a luz da alegria e na escuridão eu mergulhei, enquanto o dia transcorria. Contradição entre alma e natureza. Opostos de claridade e negror. O choque aniquilou minha ilusão e eu não quiz mais sonhar. A estrada tortuosa em que se transformou a minha vida, me levou por veredas assombradas, por canyons intermináveis, por desertos sem fim. As minhas lágrimas, todas, eu chorei. Me transformei numa árvore seca e sem frescor. Nem folhas mais brotaram em meu coração. Porque as flores já estavam mortas. Só a raiz ainda insistia em manter o tronco em pé. Assim sobrevivi. Sustentada por uma imagem que enganava os passantes, mas que a mim não convencia.

Quase uma vida transcorreu. E eu sobrevivi a morte do meu sonho. Quando cheguei ao fundo do poço e não tinha mais onde cavar, eu me obriguei a olhar o espelho. E nele eu vi a minha alma, sedenta de novas esperanças. E ali, despercebida ao primeiro olhar, estava uma pequena chama que o vendaval não apagou. Era meu Anjo! Um Ser de Amor e Luz que sempre esteve ali. Que não me abandonou. Ele me estendeu a mão e eu a peguei. E sustentada por Ele, eu comecei o retorno para a Luz. Vi que podia sonhar outra vez. Que não seria um, entre tantos que me acenavam, que iria destruir minha existência.

Hoje, fortalecida, eu não abandono mais este Ser que sempre esteve ali, à espera que eu lhe acenasse. Obrigada, Ser angelical! Tua perseverança salvou a minha vida!

Giustina
Enviado por Giustina em 30/12/2009
Reeditado em 14/02/2014
Código do texto: T2003909
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