ANDREATO

Tem hora que dá em mim uma vontade de escrever alguma coisa bem boa de escrever, tão boa que qualquer construção lingüística, por excelente que seja, não é suficiente para traduzir em palavras com o brilhantismo que merece essa idéia "arretada" de boa. Então, crio coragem para encarar o desafio.

Bateu-me essa vontade desde que um amigo ligou-me e me perguntou como estavam meus escritos. Respondi que estavam quase que estagnados, foi quando me arrebatou o desejo inflamante de escrever. Escrever Andreato, meu amigo.

Está aí uma tarefa delicadamente árdua de se cumprir. Nem um calhamaço de ilustres vocábulos o escreveria. Mas sempre crio coragem e sempre encaro o desafio.

Seria fácil escrevê-lo se Andreato fosse um daqueles amigos tradicionais que se guarda do lado esquerdo do peito. Andreato não é pra se guardar, é pra se usar todos os dias, nos normais e principalmente nos especiais.

Todos nós somos seres únicos, cheios de particularidades e diferentes uns dos outros. Andreato também. Seu destaque reside naquilo em que todos são semelhantes. Ele é mágico, transfigura adversidades em degraus, lágrimas em gotas de sorriso, sentimentos em poesia, idéias em teses imbatíveis, impossível em feito, sonhos em realidade. Não tenta, consegue.

Andreato não tem tempo pra nada, mas encontra tempo pra tudo.

Há nele uma mistura de sagacidade e doçura, audácia e serenidade. É prudente como a serpente e calmo como a pomba.

Andreato tem defeitos, mas pintou-os de qualidade.

Como já fora dito, não há palavras que o descrevam nem frases que o definam. Há somente o desejo de escrevê-lo, a bravura de se enfrentar tal desafio, a resignação diante do inalcançável, a honra de tê-lo como amigo.