CENSURA: UM ATO DE VIOLÊNCIA
O que será da vida sem liberdade de pensamento e expressão?
Ser livre e defender a liberdade não significa cumplicidade com o intolerável. Por exemplo: não há como defender qualquer manifestação de prática perversa. O limite será sempre ético para entendermos a diferença entre liberdade e caos.
Escrever é um exercício de liberdade.
Cercear este direito é um ato de censura. Uma violência que pode emergir sob o disfarce hipócrita que distorce o sentido para anular o valor.
Escrevo porque este é um dos sentidos da minha vida. Não é o único, mas escrever recupera meu fôlego. Por isso, ainda que possa estar sujeita a interpretações absolutamente distantes do que desejei dizer, é na palavra que encontro abrigo.
Um abrigo para a liberdade do pensamento. Se alguém (e pode haver tantas pessoas que divergem) pensa diferente é um direito legítimo! E a recíproca deveria ser verdadeira! Isto é, a minha liberdade deve ser tão legítima quanto a do outro!
Quando observo qualquer manifestação de cerceamento da liberdade de expressão, dentro do ponto de vista ético, no meu dicionário, significa um ataque à cidadania!
P.S.: Este texto não se refere ao direito legítimo de criticar o que se lê. Aliás, isto é o mínimo que se espera de quem pensa em liberdade. Esta crônica fala unica e exclusivamente de censura e constrangimento.